Tomazoni deixa a JBS Foods para cuidar das marcas globais da família Batista, incluindo a linha bovina Friboi, Swifit e Maturatta

Tomazoni deixa a JBS Foods para cuidar das marcas globais da família Batista, incluindo a linha bovina Friboi, Swifit e Maturatta

O executivo Gilberto Tomazoni, 57 anos, passou 27 anos de sua vida na Sadia, onde entrou como estagiário na área de produção e saiu como presidente, em 2009.

Também ocupou o posto de vice-presidente da área de aves da Bunge, da qual se desligou em 2012 para se tornar uma espécie de braço direito de Wesley Batista, CEO e herdeiro da JBS, a gigante de proteína animal que fatura mais de R$ 100 bilhões..

Quando a empresa da família Batista assumiu o controle da Seara, em 2013, Tomazoni foi indicado para o cargo de presidente da recém-criada divisão JBS Foods (que reuniu a Seara e a divisão JBS Aves), com a missão de recuperar o brilho e a rentabilidade da Seara – uma marca que padecia de foco e estava perdendo mercado.

Além de equilibrar as contas (no primeiro ano a economia foi de R$ 1,2 bilhão), Tomazoni conseguiu colocar a Seara no jogo novamente. Este trabalho o credenciou a assumir outro grande desafio. Nesta segunda-feira 14, ele foi promovido ao cargo de presidente global de operações da JBS.

Caberá a Tomazoni cuidar de todas as marcas da empresa em nível mundial, incluindo a linha bovina (Friboi, Swifit e Maturatta). “A promoção significa o reconhecimento pelo trabalho realizado até agora na JBS”, disse Tomazoni à DINHEIRO.

O executivo comandará os negócios a partir do quartel-general da empresa, na Vila Jaguará, bairro da Zona Oeste da cidade de São Paulo. Antes da promoção, o executivo ocupava uma mesa acanhada no quarto andar de um dos prédios do complexo. Nada de sala privativa ou outra mordomia do gênero. A situação, agora, deve mudar.

Para o seu lugar na JBS Foods foi escolhida a executiva Joanita Karoleski, 55 anos, diretora da área de industrializados e suínos. Considerada o braço direito de Tomazoni, ela é catarinense e se graduou em ciências da computação. Sua trajetória profissional inclui experiências na área operacional e de logística em empresas como Bunge e Ceval.

Joanita entrou na Seara em setembro de 2013, a convite de Tomazoni, seu antigo chefe na Ceval, empresa que já havia sido controladora da Seara. Na JBS Foods, ela liderou um time responsável pelas áreas de logísticas e supply chain. Seu trabalho garantiu economia de R$ 240 milhões, já no primeiro ano de controle da Seara.

Assertiva em suas posições, a executiva gosta de tomar decisões baseada em dados coletados a partir de programas de gestão e pesquisas de campo. Não tem medo de errar. Para ela, o que está dando certo, permanece. O que está errado, muda.

Também possui uma grande habilidade para conversar com as pessoas. Em todos os níveis. Foi ela a responsável por visitar os grandes clientes (leia-se hipermercados e distribuidores) e aprofundar parcerias destinadas a melhorar o atendimento no ponto de venda.