09/10/2024 - 17:28
O dólar era negociado em alta ante outras moedas de países desenvolvidos, enquanto investidores ponderavam os comentários de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e se preparavam para a leitura da inflação ao produtor (CPI, na sigla em inglês) americana, que será divulgada na quinta-feira.
O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de pares fortes, fechou em alta de 0,36%, a 102,928 pontos, maior valor desde 16 de agosto de 2024. O dólar se valorizava a 149,33 ienes às 16h50 (de Brasília). O euro era negociado a US$ 1,0940, enquanto a libra era cotada em baixa, a US$ 1,3066.
A desvalorização do iene frente ao dólar veio em meio à notícia de que o primeiro-ministro Shigeru Ishiba dissolveu a câmara baixa do parlamento do Japão nesta quarta-feira, com o intuito de marcar uma eleição antecipada em 27 de outubro.
O mercado aguarda dados de inflação nos Estados Unidos para direcionar as expectativas sobre a definição das taxas de juros pelo Federal Reserve. “Os traders já reduziram as expectativas em cerca de 30 pontos-base do ciclo de flexibilização do Fed de 2024 nas últimas semanas, mas também duvidamos que os investidores estejam dispostos a reprecificar este ciclo de flexibilização do Fed”, disse o analista do banco holandês ING Chris Turner em uma nota.
Além disso, os dados de inflação ao consumidor de quinta-feira podem mostrar que o núcleo da inflação dos EUA permaneceu elevado em setembro, o que pode dar suporte ao dólar, diz ele, e fazer os mercados ponderarem sobre o ritmo de cortes de juros. Hoje, o mercado registrou leve alta nas apostas por manutenção de juros em novembro, que segundo o CME Group agora tem cerca de 20% de chance de acontecer.
O euro seguiu sem força nesta quarta-feira. Na sessão, o dirigente do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do BC da Letônia, Martins Kazaks, disse que mais cortes nas taxas de juros são necessários, considerando-se o enfraquecimento da economia na zona do euro. Já o presidente do BC da Eslováquia, Peter Kazimir, sinalizou se opor a um terceiro corte de juros pelo BCE.