A bolsa de valores brasileira recebe nesta segunda-feira, 21, a estreia de três fundos de índice (ETFs, na sigla em inglês), que pretendem facilitar o acesso do investidor brasileiro a diferentes carteiras de investimentos. Com mais esses, o total de ativos do tipo listados na B3 subirá de 95 para 98.

Um deles, administrado pela gestora Oryx Capital, foca em debêntures conversíveis emitidas nos EUA. Os outros dois, geridos pelo Banco Safra, investem em ações de empresas estatais e privadas brasileiras.

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Os ETFs são um tipo específico de fundo de investimento que busca igualar um índice — os fundos tradicionais buscam superar índices. Assim, os ETFs contam em sua carteira com ativos relativamente fixos.

“Usualmente, os ETFs colocam riscos menores do que os fundos que são de gestão específica”, destaca Enrico Cozzolino, chefe de análises da Levante Investimentos. “Você tem a diversificação completa e a réplica exata de um índice.”

Oryx Debêntures Conversíveis

Administrado pela Oryx Capital e negociado sob o ticket DBOA11, o ETF de debêntures conversíveis busca igualar o índice Bloomberg US Convertible Liquid Bond. A gestora informa que a carteira será composta por “cerca de 280 empresas com potencial de crescimento e ativas em variados setores, como finanças, saúde e transporte”.

Debêntures são títulos de renda fixa que representam parte da dívida das empresas. Já as debêntures conversíveis são aquelas que podem ser convertidas em ações das empresas eventualmente, de acordo com termos estabelecidos no momento do investimento.

O DBOA11 terá suas cotas vendidas por valores a partir de R$ 100. O fundo terá taxa de administração de 0,7% ao ano e liquidez de dois dias úteis para resgate. Não haverá distribuição de dividendos, que serão reinvestidos em ativos.

Safra ETF Ibovespa Estatais e Ibovespa Empresas Privadas

Os dois novos fundos de índice do Safra investem em ativos listados no principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3. Cada um possui um recorte: o SPUB11 investirá em empresas estatais e o SPVT11 em empresas privadas.

Segundo nota do banco, o objetivo dos dois ETFs é “ser indicador de desempenho das empresas estatais e privadas com maior negociação e representatividade nesses dois segmentos [privado e público]”.

As cotas de ambos serão distribuídas com valores a partir de R$ 50. O banco Safra afirmou que não divulgará por ora sua política de dividendos e a taxa de administração.