O dólar se acomodava nesta terça-feira, 22, com alta ante o euro e o iene, à medida que as eleições presidenciais nos Estados Unidos ampliam a influência na precificação dos ativos. Com a recuperação do candidato republicano, Donald Trump, nas pesquisas, as expectativas de reflação ajudavam a sustentar o dólar norte-americano, segundo analista.

O índice DXY fechou em alta de 0,06%, a 104,075 pontos. O dólar se valorizava a 151,10 ienes neste fim de tarde, enquanto o euro cedia a US$ 1,0800, e a libra caía a US$ 1,2983. Entre emergentes, o dólar voltou a ser cotado abaixo de 20 pesos mexicanos.

O republicano liderava por pouco a democrata Kamala Harris no Estado crucial da Geórgia, de acordo com uma nova pesquisa do Atlanta Journal Constitution. O candidato republicano está disparando nas casas de apostas.

Para o Julius Baer, uma probabilidade significativa de uma vitória de Trump ampliava as expectativas de reflação, alavancando o dólar norte-americano. Reflação é política na qual um governo utiliza estímulos fiscais ou monetários para expandir a produção e o rendimento econômico. No entanto, a potencial incerteza no caso de uma vitória avassaladora dos republicanos no Congresso é um risco negativo, segundo o Julius Baer.

Mudanças nas pesquisas de opiniões podem causar grandes movimentos no dólar, afirmaram analistas do Danske Bank em nota. Os rendimentos do dólar e do Tesouro provavelmente aumentariam fortemente se Trump ganhasse a presidência e os republicanos conquistassem o controle do Congresso, avaliaram os analistas do banco.

O euro absorvia também comentários de membros do Banco Central Europeu (BCE). A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que os juros vão continuar caindo, mas a intensidade não está decidida. E o presidente do BC de Portugal, Mário Centeno, afirmou que pode ocorrer uma aceleração no ciclo, enquanto o presidente do BC da Alemanha, Joachim Nagel, comentou que não se comprometeu com trajetória para as taxas.

A libra rondava a estabilidade. Megan Greene, do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), disse que é cedo para começar um ciclo mais sustentado de afrouxamento no Reino Unido.

*Com informações da Dow Jones Newswires