As bolsas da Europa fecharam em queda, após dados de inflação surpreenderem negativamente e enquanto investidores seguem reagindo ao orçamento do Reino Unido. O baixo apetite por risco em Wall Street também impactou. Na direção oposta, o índice PSI 20, de Lisboa, saltou com balanços do Banco Comercial Português e Jeromino Martins.

O FTSE 100, de Londres, recuou 0,61% (-1,54% no mês), aos 8.110,10 pontos. O CAC 40, de Paris, caiu 1,05% (-3,74% no mês), encerrando em 7.350,37 pontos. O DAX, referência em Frankfurt, teve queda de 1,03% (-1,38% no mês), a 19.058,53 pontos. As cotações são preliminares.

A aceleração da inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro em outubro enfraqueceu a tese de que o Banco Central Europeu (BCE) poderá cortar juros mais rapidamente e impactou o já combalido humor do investidor europeu. Investidores também viam com preocupação os empréstimos adicionais definidos no orçamento da ministra das Finanças do Reino Unido, Rachel Reeves.

Pesou ainda o viés amplamente negativo das bolsas de Nova York, conforme as eleições presidenciais se aproximam e após dados de atividade decepcionarem e investidores receberem com pessimismo as projeções para o segmento de inteligência artificial (IA) apresentados pelas gigantes de tecnologia Microsoft e Meta.

Entre as empresas europeias, decepcionaram os balanços da cervejaria AB InBev (-5,72%) e do banco BNP Paribas (-4,81%).Por outro lado, foram bem recebidos os resultados de outro banco francês, o Société Générale (+11,52%), da petrolífera Shell (+3,27%) e da Airbus (+0,63%). Jerónimo Martins (+7,69%) e BCP (+9,02%) foram responsáveis pelo descolamento da bolsa portuguesa na sessão.

Em outras bolsas, o Ibex 35, de Madri, recuou 0,68% (-1,86% no mês), para os 11.715,00 pontos. O FTSE MIB, de Milão, fechou em queda de 0,64% (+0,46% no mês), a 34.281,24 pontos. Já o PSI 20, de Lisboa, subiu 2,21% (-3,83% no mês), aos 6.532,77 pontos. As cotações são preliminares.

*Com informações da Dow Jones Newswires