O dólar sobe no mercado local, acompanhando o ajuste positivo dos rendimentos dos Treasuries. A curva dos títulos do tesouro norte-americano ganha força após algumas casas de apostas mostrarem leve favoritismo pelo ex-presidente Donald Trump na eleição presidencial desta terça-feira, 5, nos EUA.

Internamente, as expectativas continuam sobre o anúncio do pacote de corte de gastos, que deve estar na reta final das discussões dentro do governo, e pela decisão de juros do Comitê de Política Monetária (Copom) desta quarta-feira, para a qual é esperada alta de 0,50 ponto porcentual, para 11,25% ao ano.

O Ministério da Fazenda informou que o quadro fiscal do País e as propostas em discussão pela equipe econômica foram apresentadas e compreendidas na reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros ontem. Outros ministérios serão convocados nesta terça-feira pela Casa Civil para participar do debate, sem detalhar quais.

Os ministérios do Trabalho, Saúde e Educação estão entre os com mais recursos no governo federal em 2024, com R$ 236,9 bilhões para Saúde; R$ 181,4 bilhões para Educação; R$ 114,1 bilhões para Trabalho.

Uma das medidas estudadas pela equipe econômica é reformular programas sob alçada do Ministério do Trabalho, como seguro-desemprego e abono salarial. Também passou a circular nos bastidores a possibilidade do governo desvincular receitas para aumentar a parcela do Fundo de Educação Básica (Fundeb) nos gastos mínimos de educação (hoje limitados em 30%).

O dólar à vista chegou a perdeu força de forma pontual há pouco, em dia de valorização de commodities. O petróleo ganhava cerca de 0,50% há pouco e o minério de ferro subiu 2,53% na China.

Pode ter ocorrido entrada de fluxo comercial de exportador para aproveitar a subida inicial da moeda americana perto dos R$ 5,80, segundo um operador. Na máxima intradia, mais cedo, o dólar à vista subiu a R$ 5,8035 (+0,35%) e, na mínima, há pouco, cedeu de forma pontual a R$ 5,7810 (-0,04%).

Na China, o PMI de serviços aumentou para 52 em outubro, bem acima da previsão e indicando que o segmento está se expandindo em ritmo mais forte. A Capital Economics menciona que os PMIs compensaram a desaceleração no setor de construção e que a “melhora ampla” aconteceu por conta do avanço do componente geral de novos pedidos e do índice de pedidos de exportação.

A agenda local traz o PMI de serviços e composto (10 horas) e o leilão de NTN-F e LFT (11 horas). Nos EUA, estão previstos o PMI do setor de serviços de outubro da S&P Global (11h45) e ISM (12 horas).

Às 9h33, o dólar à vista subia 0,31%, a R$ 5,8010. O dólar para dezembro ganhava 0,16%, a R$ 5,8145.