06/11/2024 - 19:11
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reafirmou que o ritmo futuro de ajustes na taxa Selic dependerá do seu “firme compromisso” com a convergência da inflação para a meta, de 3%. O orçamento total de aperto monetário também dependerá dessa consideração, segundo o comunicado divulgado nesta quarta-feira, 6.
“O ritmo de ajustes futuros na taxa de juros e a magnitude total do ciclo de aperto monetário serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerão da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”, diz o texto.
Hoje, o BC aumentou a taxa Selic em 0,50 ponto porcentual, de 10,75% para 11,25%, em linha com as expectativas do mercado. Essa alta representa uma aceleração frente à última decisão, de 18 de setembro, quando o comitê havia elevado os juros em 0,25 ponto.
Essa aceleração, segundo o comitê, é “compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante.” No comunicado, o Copom afirma que o cenário continua marcado pela atividade econômica forte, pressões no mercado de trabalho, hiato do produto positivo, aumento das suas próprias projeções de inflação e expectativas desancoradas, o que demanda uma política monetária mais contracionista.