Começa às 10 horas desta terça-feira, 19, a terceira e última sessão da reunião de cúpula do grupo das 20 maiores economias do mundo (G20), no Rio, que tratará das questões envolvendo o clima. O tema foi o mais espinhoso, conforme relatos obtidos pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), no fechamento das negociações entre os sherpas – os chefes da diplomacia dos países participantes – para a confecção do comunicado dos líderes que foi divulgado na noite da segunda-feira.

A articulação ficou a cargo do embaixador Maurício Lyrio, conhecido como “Sr. G20” nesta edição que ocorre no Brasil desde dezembro do ano passado.

Como se tratam de temas sensíveis – e que muitas vezes não agradam as principais economias do mundo -, Lyrio recorreu algumas vezes a outro diplomata para encontrar argumentos e saídas comuns a todos: o embaixador André Corrêa do Lago, que estava no Azerbaijão para a conferência do clima, a COP29.

A ideia é a de que o texto do G20 tivesse alguma comunicação com as atividades de Baku.

No ano que vem, a COP30 será realizada em Belém, no Pará, e Corrêa do Lago é o coordenador do evento no Brasil.

Com o documento assinado, a expectativa é a de que as falas das autoridades sejam protocolares na manhã desta terça-feira. O que incomoda um pouco não apenas o Brasil, mas também outros países em desenvolvimento, é que os discursos têm sido favoráveis às ações de combate às mudanças climáticas, mas até agora não há sinal de que os financiamentos das economias mais ricas do globo para auxiliar as mais pobres a terem projetos efetivos na área possam sair.