O coordenador do Índice de Preços do Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), Guilherme Moreira, elevou a estimativa para o indicador em novembro, de 0,94% para alta de 1,10%. A projeção foi revisada pela aceleração do grupo Alimentação, com destaque para as carnes.

“Além da alta de alimentos, que é normal nesse período do ano, a aceleração foi turbinada pela seca, que impactou os preços das carnes”, afirmou Moreira. “Só na segunda quadrissemana de novembro, tivemos aumento de 9,39% das carnes. É um nível muito forte e sinaliza que deve encerrar o mês com alta de 10%”, calculou.

O IPC-Fipe, que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 1,08% na segunda quadrissemana de novembro, ante alta de 1,02% na quadrissemana anterior. O resultado forte teve como influências principais a aceleração de Alimentação (1,71% para 1,99%) e Despesas Pessoais (1,14% para 1,82%).

Moreira avaliou que ambos os grupos devem seguir em tendência de crescimento até o encerramento do mês, atrelados sobretudo às carnes e às passagens aéreas e excursões, respectivamente.