19/11/2024 - 18:40
A plataforma de investimentos XP anunciou nesta terça-feira que manteve no terceiro trimestre o desempenho recorde do período passado, com um lucro líquido de 1,19 bilhão de reais entre julho e o final de setembro, crescimento de 9% sobre o resultado obtido nos mesmos meses do ano passado.
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Analistas, em média, esperavam lucro líquido de 1,22 bilhão de reais para a XP no terceiro trimestre, segundo dados compilados pela LSEG.
A receita líquida do grupo somou 4,32 bilhões de reais, 5% acima do faturamento de um ano antes e ante expectativa média do mercado, segundo a LSEG, de 4,36 bilhões.
A companhia também anunciou que o fluxo de entrada de capital novo somou 31 bilhões de reais, acima dos 14 bilhões do terceiro trimestre de 2023 e praticamente empatado com os 32 bilhões do segundo trimestre deste ano.
Desse volume, 25 bilhões de reais são de investidores de varejo e o restante de corporativos.
Considerando, porém, a aquisição do Modal pela XP no ano passado, a entrada total líquida de capital recuou 36% na comparação anual, segundo o balanço divulgado nesta terça-feira.
A XP terminou setembro com uma base total de ativos de clientes 12% maior que a de um ano antes, a 1,21 trilhão de reais, e com clientes ativos em alta de 6%, a 4,66 milhões.
O índice de eficiência do grupo encerrou em 35,5%, melhor marca já obtida desde o IPO da empresa nos Estados Unidos em 2019, já o indicador de rentabilidade ROAE ficou em 23%, alta de 38 pontos base sobre um ano antes.
A empresa divulgou pela primeira vez o índice de retorno sobre patrimônio tangível (Rote), que afirma ser mais adequado para refletir seus negócios e encerrou o trimestre em 28,4%, 258 pontos-base acima do desempenho de um ano antes.
Questionado sobre eventual interesse da XP nos negócios no Brasil do banco suíço Julius Baer, o diretor de relações com investidores da XP, André Parize, afirmou que a companhia “sempre analisa possibilidades quando vemos potencial sinergia com nossos negócios”, mas não citou nomes.
O Julius Baer contratou o Goldman Sachs para assessorar a venda de sua operação brasileira, disseram três pessoas familiarizadas com o assunto à Reuters no início do mês. Uma das fontes disse que o negócio poderia valer entre 100 milhões e 150 milhões de dólares.