O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu em 0,9% terceiro trimestre de 2024, fazendo com que o Brasil seja o 4º país com o maior crescimento econômico dentre as economias do G20 que já divulgaram seus indicadores.

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O Brasil ocupa a 4ª posição na margem e na comparação interanual. Olhando para o acumulado de quatro trimestres, o PIB do Brasil se mantém na 6ª melhor posição.

O país que teve o maior crescimento econômico no período foi a Indonésia, com um salto de 1,5% na janela em questão. Índia e México vem logo atrás, com 1,3% e 1,1%, respectivamente.

O Brasil, assim, ficou na frente da China e EUA, que cresceram 0,9% e 0,7% no terceiro trimestre de 2024.

Ranking de PIB dentre os países do G20 no terceiro trimestre de 2024
Ranking de PIB dentre os países do G20 no terceiro trimestre de 2024 (Crédito:Ministério da Fazenda/Reprodução)

“O PIB cresceu 0,9% no terceiro trimestre de 2024, em comparação com o trimestre imediatamente anterior. No acumulado em quatro trimestres, 3,1% de variação real. Destaca-se, pelo lado da demanda, o aumento de 2,1%, na margem, da formação bruta de capital fixo (investimentos) e de 1,5% no caso do consumo das famílias. Pelo lado da oferta, apesar da queda de 0,9% do agronegócio, também em relação ao segundo trimestre de 2024, a indústria avançou 0,6% e os serviços, 0,9%”, comenta Felipe Salto, economista-chefe da Warren.

O Ministério da Fazenda, em nota técnica, destacou que os resultados observados para o PIB no terceiro trimestre mostraram que a economia brasileira seguiu em ‘ritmo robusto de expansão mesmo com menores impulsos fiscais’, impulsionada pelo bom desempenho da indústria de transformação e construção e pelo crescimento na prestação de serviços diversos.

“Pela ótica da demanda, essa expansão se refletiu em forte expansão do consumo das famílias e, principalmente, do investimento”, disse a pasta.

Projeção do PIB será revisada para cima

Com o dado vindo dentro das projeções do mercado, a Fazenda comunicou que a projeção de crescimento econômico para 2024 deve ser revisada para cima. A projeção do PIB pela pasta é de atuais 3,3%.

O crescimento econômico, na análise da pasta, foi impulsionado pelo bom desempenho da indústria de transformação e construção e pelo crescimento na prestação de serviços diversos.

“Pela ótica da demanda, essa expansão se refletiu em forte expansão do consumo das famílias e, principalmente, do investimento. A atividade econômica deve continuar a crescer no próximo trimestre, embora com desaceleração na margem”, diz a Fazenda.

No documento, ainda é citado que os juros mais altos – tema que gera atritos entre o Planalto e o Banco Central – deve ser um limitador para o crescimento do PIB.

“A política monetária mais contracionista deverá restringir o ritmo de expansão das concessões de crédito e dos investimentos. Ainda assim, impulsos positivos devem vir do mercado de trabalho, que deverá seguir resiliente, estimulando a produção e o e consumo das famílias”.