A Polícia Civil de Santa Catarina acredita que um casal que desapareceu em Biguaçu foi assassinado por inquilinos de um galpão que alugavam, após terem feito uma cobrança de aluguel. Os dois não são vistos desde 11 de novembro, quando foram até o imóvel, onde funcionava um bar, para cobrar o valor. Seis pessoas foram presas preventivamente por suspeita de envolvimento no suposto crime e uma teve prisão decretada, mas está foragida.

Segundo postagens de familiares nas redes sociais, o casal seria Valter Agostinho de Faria Junior e Araceli Cristina Zanella. No Facebook, Valter postava imóveis para aluguel em Biguaçu, na região metropolitana de Florianópolis. “Que a Justiça seja feita”, escreveu uma parente nesta terça-feira, 10, após a Polícia Civil divulgar detalhes sobre a investigação.

Segundo a Polícia Civil, o bar que funcionava no galpão de propriedade do casal havia sido desativado após inúmeras denúncias de perturbação do sossego. Os inquilinos já preparavam a saída do espaço e o casal teria ido até o local para buscar as chaves, além de cobrar um valor de aluguel que supostamente era devido pelos inquilinos.

Por conta de desacordo em relação ao dinheiro cobrado, os inquilinos teriam mantido o casal em cárcere privado ao longo do dia 11 de novembro e retirado os dois do local à noite, afirmou o delegado Anselmo Cruz, titular da Delegacia de Roubos e Antissequestro (DRAS/ DEIC) de Santa Catarina, em coletiva de imprensa feita nesta segunda-feira, 9.

“É a situação contratual de um (cheque) caução que foi pago no início do aluguel, de inúmeras denúncias tentando fechar o bar e, por conta disso, na convicção desses supostos autores, desses inquilinos, na realidade as vítimas que deviam dinheiro para eles e não eles que teriam que pagar aluguel”, disse Cruz.

“As investigações envolvem os crimes de homicídio, roubo, sequestro e estelionato”, diz a Polícia Civil de SC, sem detalhar as provas encontradas. “Nós não tivemos a colaboração dessas pessoas que estão sendo investigadas. Ninguém confessou? Não. Ninguém disse onde estaria? Não, não disseram”, afirmou o delegado.

A investigação ainda pretende descobrir se o crime teria sido premeditado ou não. As equipes da Polícia Civil têm realizado buscas nas áreas de mata da região da Grande Florianópolis, especialmente nas regiões de Potecas, Comunidade do Pedregal, Real Parque e na região do Contorno Viário. A suspeita é de que os corpos tenham sido enterrados.

A polícia pediu a ajuda da população para que denunciem se por ventura tiverem visto algum movimento estranho em sua região na madrugada de 11 para 12 de novembro. É possível fazer denúncia pelo WhatsApp da Polícia Civil, no (48) 988440011, ou de forma anônima pelo telefone 181.