13/12/2024 - 17:17
Com as férias escolares no horizonte, é natural que crianças e adolescentes dediquem todo o seu tempo aos seus principais hobbies, entre eles, o uso do celular e os jogos eletrônicos.
44% dos pais entrevistados pela Pesquisa Game Brasil 2024 afirmaram que têm filhos menores de 15 anos que jogam diariamente, de preferência nos celulares
Com maior frequência em frente às telas nas férias letivas, aumenta também a preocupação dos pais em garantir a segurança das crianças quando estão online
Seja evitando uma compra indesejada no cartão de crédito, ou impedindo o acesso a certos tipos de conteúdo, empresas seguem investindo pesado para dar ainda mais controle aos pais sobre o que os filhos acessam nas plataformas.
A implementação de controle parental em ambientes online não é nenhuma novidade, mas viu grandes avanços na última década.
Empresas como a Sony Interactive Entertainment (SIE), responsável pelo Playstation 5, apostam no avanço da tecnologia e na construção de ferramentas próprias que oferecem uma experiência customizada aos pais.
“Nossas ferramentas são avançadas, possibilitando que a criança precise pedir permissão aos pais para jogar, ou ter um horário pré-determinado, por exemplo, após a escola”, diz Catherine Jensen, VP Global de Experiência do Consumidor da SIE
As medidas de segurança também são aplicadas em compras dentro da plataforma, seja de jogos, ou de itens usados dentro dos jogos
Em entrevista ao site IstoE Dinheiro, Jensen afirmou que a união entre a tecnologia e o time de moderadores tem sido um pilar para criar um ambiente seguro para crianças e adolescentes.
“Usamos aprendizado de máquina para detectar padrões de comportamento e flagrar conteúdos inadequados. Essa detecção aciona um alerta para nosso time de moderadores, que analisa cada caso de maneira individual”, explica
Google Play Store e Apple Store
As lojas de aplicativos de celular também oferecem soluções para limitar o que pode ser acessado.
Na Google Play Store é possível ativar os “Controles da Família” em aplicativos, jogos, filmes e livros, assim como na App Store.
Existem também soluções mais robustas que oferecem controle total do aparelho.
“Além do Controle Parental de Navegação (recurso presente em muitos navegadores e sistemas operacionais), é possível baixar aplicativos de filtro de conteúdo, de monitoramento de atividades na rede, bloquear apps e jogos específicos, bem como limitar o tempo de uso de tela pelo próprio dispositivo”, diz Luiza Dias, diretora presidente da GlobalSign Brasil, companhia especializada em soluções de identidade e segurança digital
Longe das telas
A segurança em ambientes online começa fora das telas. Segundo a especialista, a educação é um fator determinante para que as crianças entendam seus limites e evitem situações de risco financeiro e psicológico.
“Uma conversa aberta sobre não compartilhar informações pessoais, desconfiar de mensagens ou perfis desconhecidos, e sempre confirmar a identidade de quem está do outro lado da tela pode fazer toda a diferença.”, finalizou Luiza