O Federal Reserve (Fed, banco central americano) decide nesta quarta-feira, 18, a decisão de seu política monetária, em se espera pela redução de suas taxas de juros de referência, apesar de um repique da inflação nos últimos dois meses. A reunião do Fomc (o comitê de política monetária do Fed) começou na terça-feira, 17.

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A grande maioria dos analistas espera uma redução de o,25 ponto percentual durante esta reunião, se for tomada como referência a análise da ferramenta de acompanhamento de tendências financeiras CME FedWatch.

“Espera-se que o Federal Reserve anuncie um corte nos juros de 25 pontos-base (0,25 ponto percentual). Mas a atenção se centrará na comunicação do Fed sobre qual será o caminho a seguir. Esperamos que os comentários indiquem uma desaceleração no ritmo de cortes futuros”, avaliaram, em nota, os economistas do Bank of America.

O Fed vai publicar sua decisão às 14h locais (16h de Brasília) e seu presidente, Jerome Powell, dará uma declaração posteriormente.

Trajetória dos juros nos EUA

O banco central americano iniciou em setembro as reduções das taxas de juros, que se mantêm desde julho de 2023 em seu nível mais alto em mais de 20 anos com o objetivo declarado de reduzir a inflação.

Em novembro, o índice de preços ao consumidor, IPC – muito considerado porque nele estão indexadas as pensões – subiu para 2,7% e o Fed quer trazer a inflação para a meta de 2% ao ano.

Na primeira redução desde março de 2020, o Federal Reserve optou por uma redução de meio ponto percentual, situando suas taxas de juros na faixa de 4,75% a 5,00%.

Esta será a última decisão do Fed sobre suas taxas de juros de referência antes da saída do presidente democrata Joe Biden da Casa Branca, em 20 de janeiro, quando o republicano voltará à Presidência.

Analistas esperam grandes mudanças políticas no segundo mandato de Trump, com efeitos em cascata para a política monetária americana no próximo ano.

O republicano, que chegará à Presidência com seu partido no controle do Congresso, propôs elevar as tarifas sobre os produtos importados que chegam aos Estados Unidos, ampliar os cortes de taxas aprovadas em seu primeiro mandato, e iniciar deportações em massa de milhões de trabalhadores sem documentos.