23/01/2025 - 12:53
Segundo levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os brasileiros usaram 137,6 milhões de cheques no acumulado do ano de 2024.
Com isso, o volume de cheques utilizados caiu 18% ante o ano anterior.
Os dados da Serviço de Compensação de Cheques (Compe) mostram que, em termos de volume financeiro, foram R$ 523,19 bilhões – representando baixa de 14% na base anual.
O uso do talão de cheques tem caído paulatinamente ao longo dos últimos anos, acompanhando o avanço dos meios de pagamento digitais, como internet e mobile banking, e o Pix, lançado em 2020.
Os números também mostram que o valor médio do cheque é mais alto. Em 2024, o tíquete médio do documento foi de R$ 3.800,87 ante R$ 3.617,60 de 2023.
“Apesar da crescente digitalização do cliente bancário, o cheque ainda é bastante usado no Brasil. São diversos motivos que ainda fazem este documento de pagamento sobreviver: resistência de alguns clientes com os meios digitais, uso em comércios que não querem oferecer outros meios de pagamento, utilização como caução para uma compra, como opção em localidades com problemas de internet, entre outros”, analisa Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban.
Uso de cheques no Brasil cai 95% desde 1995
No levantamento anterior da Febraban, a entidade mostrou que os dados também apontam uma redução no volume financeiro dos cheques e no número dos documentos devolvidos e nos devolvidos sem fundos na comparação desde 1995 – quando o volume financeiro dos cheques compensados totalizou R$ 2 trilhões.
Em 2023 o valor passou para R$ 610,2 bilhões, uma queda de 70,18%.
Na comparação desde ano de 2024 com 1995, que marca início da série histórica, quando foram compensados 3,3 bilhões de cheques, a queda registrada é de 95,8%.