O voo AD2820, operado pela companhia aérea Azul, declarou emergência “pan-pan” momentos antes de chegar ao Aeroporto Internacional do Recife, em Pernambuco, na noite de segunda-feira, 27.

O alerta funciona como um pedido de prioridade de pouso. Ele foi acionado depois de a aeronave, que tinha partido de Guarulhos, em São Paulo, apresentar falha no sistema de dispositivos móveis das asas, chamados de slats.

Em nota, a Azul informou que o avião, um Boeing fabricado pela Airbus, solicitou essa prioridade por “questões técnicas”, mas disse que a aterrissagem aconteceu em segurança, sem intercorrências no desembarque.

“A companhia lamenta eventuais transtornos causados e ressalta que medidas como essas são necessárias para conferir a segurança de suas operações”, disse a companhia, em nota.

A Aena, concessionária que administra o Aeroporto do Recife, informou que o Centro de Operações de Emergência (COE) foi acionado e disse que o pouso e o desembarque dos passageiros ocorreram dentro da normalidade.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), em relatório preliminar do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer), diz que a aeronave “apresentou falha no sistema de dispositivos móveis das asas (slats)”, durante a fase de aproximação para pouso.

Os slats são equipamentos localizados na parte da frente das asas e têm a função de aumentar a sustentação do avião. As peças são complementares aos flaps, usados para a mesma finalidade, mas situados na região posterior das asas.

Para garantir esse aumento de sustentação, os dispositivos são abertos com o objetivo de ampliar a área da aeronave e, com isso, desacelerar para conseguir pousar com menos velocidade, explica o especialista em aviação Lito Sousa, em seu site.