O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse nesta quinta-feira, 30, que o resultado primário em 2024, com déficit de 0,36% do PIB (incluídas as despesas com Rio Grande do Sul), é o segundo melhor resultado da década, evidenciando o processo de recuperação fiscal. “Ainda que tenhamos desafios pela frente, é inegável que o processo de recuperação fiscal foi intenso. O resultado de 2024 é substancialmente inferior às projeções de mercado”, disse há pouco em coletiva de imprensa sobre o saldo fiscal de 2024.

Excluídas as despesas com o Rio Grande do Sul, o rombo ficou em R$ 11 bilhões, cumprindo a meta do arcabouço fiscal com “relativa folga”, observou. “Alertamos durante o ano que ficaríamos mais próximos do centro da meta”, disse o auxiliar de Fernando Haddad.

O resultado primário acumulado na gestão Lula 3 ficou em -1,19% do PIB. De acordo com Ceron, é o menor dos últimos três ciclos de governo, com “tendência” de melhora.

Ele destacou ainda que a relação da despesa total e PIB fechou em 18,67%, o terceiro menor patamar da década, afirmou.

No mês de dezembro, as despesas recuaram 33,3%. Segundo o secretário, essa queda grande se deve principalmente ao pagamento de precatórios feito pelo governo no último mês de 2023. Esse efeito comparativo dos precatórios também é percebido ao longo de 2024, que registrou recuo nos gastos de 0,7%.