03/02/2025 - 14:55
Os países participantes do conselho executivo do comitê de orçamento da Organização Mundial de Saúde discutiu e concordou em propor um corte de US$ 400 milhões do orçamento de 2026-2027, após a administração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar a saída do país da organização O governo norte-americano é o maior contribuinte financeiro da OMS.
“O comitê reconheceu que, com a saída do maior contribuinte financeiro, o orçamento não poderia ser ‘business as usual’ e que o princípio de um orçamento realista era fundamental a fim de garantir o alinhamento com as realidades econômicas e financeiras”, diz documento publicado, nesta segunda-feira, 3, no website da OMS referente ao encontro do grupo realizado de 29 a 31 de janeiro em Genebra.
“O comitê discutiu e concordou em propor a redução do segmento base do orçamento do programa proposto para 2026-2027 para US$ 4,9 bilhões”, de acordo com o documento. O comitê levantou a preocupação de que um orçamento de US$ 4,9 bilhões reflete “um crescimento nominal negativo em comparação com o biênio anterior, e que este deverá ser levado em conta em futuras discussões orçamentárias”.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, reiterou a esperança de que os EUA reconsiderassem a decisão, ao mesmo tempo em que enfatizou que a OMS continua aberta a encetar um diálogo construtivo, enquanto reforçou a importância das contribuições americanas para a saúde global.
O diretor-geral explicou que a organização estava empenhada para diversificar o seu financiamento. “Foram alcançados progressos na rodada de investimento, que atraiu 39 novos doadores
Até a data”, pontuou o documento.
O grupo se comprometeu ainda a buscar uma melhora da alocação de recursos entre os principais escritórios, apresentando um relatório em maio de 2025 sobre os progressos realizados.
Outro esforço será o de fortalecer as ações para apoiar o compromisso financiar resultados de alta prioridade de até 80% do seu orçamento, sujeito à disponibilidade de fundos, e salvaguardar as funções críticas da OMS.