Aamericana ADP tem 3 milhões de funcionários na folha de pagamento. Seria disparado a maior empregadora do planeta não fosse por um detalhe. Os funcionários são de terceiros. Explica-se: a ADP lucra com o trabalhador alheio. Ela gerencia para gigantes como Unilever, Wal-Mart
e outras centenas de companhias toda a parte de recursos humanos: desde o processamento dos contra-cheques até o pagamento dos benefícios como cesta básica e plano de saúde. O RH alheio rende a essa companhia da Califórnia um faturamento de US$ 4,8 bilhões ao ano ou US$ 133 por funcionário/mês.

A ADP atua em 29 países e tem em sua lista 470 mil clientes. O
que a fez hegemônica foi uma combinação de tecnologia e custo benefício. A empresa é capaz de cuidar do RH de terceiros com apenas uma pessoa e três softwares, dispensando departamentos inteiros de RH. A mágica só é possível graças ao sistema Expert. São três softwares responsáveis pela comunicação entre o banco de dados da ADP e seus clientes. O programa funciona em tempo real. Apenas o representante da empresa americana, destacado para cuidar exclusivamente de um cliente, tem a senha para acessar o Expert. Para fazer alterações de cargo e salário basta pedir ao ?homem? da ADP e a operação será realizada em segundos. ?Nos
EUA, somos vistos como solução?, diz o CEO George Stocecker. ?No Brasil, ainda estão nos descobrindo.? O País garante à ADP uma receita anual de R$ 100 milhões.