O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) afirmou, na ata da sua mais recente reunião, que não vê sinais de desaceleração abrupta da atividade doméstica. O colegiado havia mencionado um eventual arrefecimento mais forte da economia como risco para baixo à inflação no seu comunicado da última quarta-feira, 29.

“O Comitê apontou, como risco em um ambiente de taxas contracionistas e de piora das condições financeiras, a possibilidade de uma desaceleração doméstica mais forte do que a esperada, que poderia gerar impactos desinflacionários ao longo do tempo. Por outro lado, foi reforçado, em tal debate, que o cenário-base já contempla uma desaceleração e que não há evidência, mesmo incipiente, de desaceleração abrupta”, disse a ata.

O Copom destacou que uma desaceleração da economia já faz parte do seu cenário básico, e ponderou que dados mais recentes apontam para a possibilidade de moderação no crescimento da economia. No entanto, lembrou que é difícil tirar conclusões de números de alta frequência.