04/02/2025 - 18:17
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que a instabilidade política e econômica acabou “obrigando (Gabriel) Galípolo a inaugurar sua gestão no Banco Central com aumento da taxa de juros”.
Em entrevista à BandNews, Motta disse que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, “tem ficado vencido por decisão política interna do governo”, o que, na sua opinião, levou à instabilidade política e econômica.
“Haddad vem cumprindo seu papel no governo, ainda que ache que haja um ruído. A agenda do Haddad quer tratar um pouco mais firme na responsabilidade fiscal, discutir corte de gastos e despesas”, declarou.
“O ministro tem ficado vencido por decisão política interna do governo. Isso tem sido, na minha avaliação, ruim do ponto de vista econômico e gerado toda essa instabilidade que infelizmente vimos no fim do ano, com o dólar disparando o preço, a taxa de juros crescendo, obrigando Galípolo a inaugurar sua gestão no Banco Central com aumento da taxa de juros. Precisamos discutir isso de forma mais racional”, completou.
O presidente da Câmara rechaçou a votação de mais propostas que aumentem a carga tributária e disse que os deputados “têm a consciência de que agora é o momento de o governo fazer o dever de casa, discutir onde vai cortar um pouco os gastos”.
“Se votarmos aumento de carga (tributária) e cada vez mais projetos que venham a afugentar, do ponto de vista do setor produtivo, aqueles que produzem e ajudam a pagar a conta da máquina pública, vamos estar desestimulando a economia. Deputados têm a consciência de que agora é o momento de o governo fazer o dever de casa, discutir onde vai cortar um pouco os gastos”, afirmou.