06/02/2025 - 18:38
O Ibovespa teve um segundo dia de recuperação moderada, nesta quinta-feira, 6, em alta de 0,55%, aos 126.224,74 pontos, neutralizando assim as perdas que haviam sido registradas nas duas primeiras sessões do mês. Em fevereiro e na semana, o índice da B3 passa a leve ganho de 0,07%, avançando agora quase 5% no ano (+4,94%). O giro financeiro ficou em R$ 19,1 bilhões nesta quinta-feira. Petrobras ON e PN fecharam em baixa, respectivamente, de 0,60% e 0,19%, mas compensada pelo forte avanço de Vale (ON +1,51%). Entre os grandes bancos, destaque para Bradesco (ON +1,08%, PN +1,38%) e também para Itaú, que perdeu força e quase convergiu à estabilidade no fim (PN +0,18%), após resultados trimestrais bons, mas com guidance conservador.
Na ponta ganhadora do Ibovespa, Raízen (+8,28%), Magazine Luiza (+7,41%) e Cogna (+7,14%). No lado oposto, Automob (-6,90%), Embraer (-2,82%) e Vamos (-2,29%). Na sessão, o Ibovespa oscilou dos 125.249,04 aos 126.398,77 pontos, saindo de abertura aos 125.531,06. O dólar à vista encerrou em baixa de 0,52%, a R$ 5,7639.
Na agenda de dados desta quinta-feira, pela manhã, a leitura sobre pedidos semanais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos indica uma possível desaceleração da atividade econômica americana, o que, em conjunto com outros dados, contribui para a percepção de que o Federal Reserve possa retomar os ajustes de baixa da taxa de juros dos Estados Unidos antes do que se previa, avalia Inácio Alves, analista da Melver. Em Nova York, o desempenho dos principais índices de ações ficou entre -0,28% (Dow Jones) e +0,51% (Nasdaq) no fechamento.
Na B3, “o quarteto de ferro reagiu bem, em especial Vale e CSN Mineração (+4,00%), com as empresas do setor metálico sendo beneficiadas pela alta dos preços do minério de ferro na retomada do mercado chinês após o feriado do Ano Novo Lunar”, diz Anderson Silva, head de renda variável e sócio da GT Capital. Além disso, “com os resultados fortes de Santander e Itaú, fica a expectativa para as demais empresas do setor bancário”, acrescenta Silva, destacando também o prosseguimento do ajuste de baixa no dólar frente ao real e os sinais de retomada de fluxo estrangeiro para a bolsa brasileira.
Contudo, nas duas primeiras sessões de fevereiro, na segunda e terça-feira, dias em que o Ibovespa recuou, houve retirada líquida de R$ 609,142 milhões pelos estrangeiros. No ano, o fluxo externo na B3 segue positivo em R$ 6,215 bilhões.
Após os resultados do quarto trimestre, o Citi manteve a recomendação de compra para Itaú, em nota na qual observa que a posição de capital do banco permanece resiliente, de forma que deve proporcionar opções para fortalecer as distribuições de capital. “Itaú permanece bem posicionado para enfrentar um cenário macro mais desafiador em 2025”, avalia o Citi, que vê oportunidades de compra para o papel, em especial em momentos de baixa para a ação – mencionando a precificação barata, a considerar o padrão histórico, e a alta lucratividade.