Os recuos nos preços da energia elétrica (-13,58%) e da passagem aérea (-17,43%) desaceleraram a inflação no varejo medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) em janeiro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Na direção oposta, no ranking de principais pressões individuais sobre a inflação, figuraram o curso de ensino fundamental (7,27%), curso de ensino superior (5,62%), tarifa de ônibus urbano (6,51%), tomate (23,43%) e café em pó (9,60%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) saiu de uma alta de 0,31% em dezembro para uma elevação de 0,02% em janeiro.

Três das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais baixas: Habitação (de -0,46% em dezembro para -2,43% em janeiro), Despesas Diversas (de 0,53% para 0,26%) e Vestuário (de 0,33% para 0,22%). Por outro lado, as taxas foram mais elevadas nos grupos Transportes (de 0,33% para 0,83%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,34% para 0,66%), Alimentação (de 1,14% para 1,22%), Comunicação (de -0,01% para 0,01%) e Educação, Leitura e Recreação (de 0,17% para 0,18%).

O núcleo do IPC-DI teve alta de 0,48% em janeiro, após um aumento de 0,33% em dezembro. Dos 85 itens componentes do IPC, 38 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, passou de 64,19% em dezembro para 74,84% em janeiro.

O núcleo do IPC-DI é usado para mensurar tendências e calculado a partir da exclusão das principais quedas e das mais expressivas altas de preços no varejo. Ainda de acordo com a FGV, o núcleo acumulou aumento de 4,01% em 12 meses.