26/02/2025 - 11:02
O Brasil criou 137.303 vagas de emprego formal no mês de janeiro. O número foi alcançado através de 2.271.611 de admissões e 2.134.308 de desligamentos, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira, 26. O dado representa um encolhimento de 20,7% em relação aos 180.395 postos criados em janeiro de 2024.
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Apesar da queda em relação ao ano passado, o resultado ficou muito acima da expectativa resgistrada de 48.000 vagas em pesquisa da Reuters com economistas. Já as projeções do ministério apontavam em torno de 100 mil. Historicamente, o mês de janeiro costuma ter saldo positivo de criação de vagas.
Em coletiva de imprensa, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, comemorou a liderança da indústria na criação de empregos (70.428 novos postos). Houve crescimento em outras três dos cinco setores de economia monitoados: serviços (45.165), construção civil (38.373) e agropecuária (35.754). Apenas o comércio apresentou saldo negativo, com fechamento de 52.417 postos .
Os dados também mostram que o salário médio real de admissão foi de R$ 2.251,33, um aumento de R$ 89,01 (+4,12%) em relação a dezembro de 2024 (R$ 2.162,32). Na comparação com janeiro de 2024, considerando o ajuste sazonal, o ganho real foi de R$ 40,75 (+1,84%).
Empregos do RS entre os destaques positivos
Foi registrado saldo positivo em 17 estados, com destaque para São Paulo, onde foram criados 36.125 postos (+0,25%). Em seguida, aparece o Rio Grande do Sul, com saldo positivo de 26.732 postos (+0,94%). Segundo o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, o dado indica a recuperação da economia do estado após as enchentes no ano passado.
Já os menores saldos foram observados no Pará (-2.203), Pernambuco (-5.230) e Rio de Janeiro (-12.960).
A região Sul liderou a geração de empregos em janeiro, com 66.712 novos postos. O Centro-Oeste criou 44.363 vagas, seguido pelo Sudeste (27.756) e Norte (1.932). Apenas o Nordeste apresentou saldo negativo, com a perda de 2.671 empregos no mês.