27/02/2025 - 18:50
O Fleury registrou lucro líquido de R$ 84 milhões no quarto trimestre de 2024, alta de 3,3% em comparação com os R$ 81,3 milhões registrados no mesmo período de 2023. Já em 2024, o lucro líquido da companhia somou R$ 616,2 milhões, um crescimento de 32% ante 2023. Os dados capturam resultados do Instituto Hermes Pardini a partir de maio de 2023, já que a rede foi adquirida pelo Fleury no fim de abril do mesmo ano.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) registrou alta de 7,9% no quarto trimestre em relação ao mesmo intervalo de 2023, chegando a R$ 405,5 milhões. No ano de 2024, por sua vez, o Ebitda totalizou R$ 1,9 bilhão, um avanço de 19,6% sobre 2023.
Já a margem Ebitda ficou 22% no trimestre, uma queda de 0,1 ponto porcentual (p.p.) na comparação com o quarto trimestre de 2023. No ano de 2024, porém, a margem Ebitda encerrou em 25,8%, alta de 0,2 p.p. frente a 2023.
Entre outubro e dezembro, o Fleury registrou uma receita líquida de R$ 1,8 bilhão, alta anual de 7,9%. Já no ano passado, a receita líquida atingiu R$ 7,7 bilhões, saltando 18,8% frente ao ano anterior.
A companhia destacou que os resultados do trimestre e do ano passado seguiram refletindo os frutos positivos da integração com o Grupo Pardini e da estratégia da companhia. “Foi um ano muito importante após a combinação de negócios com o Pardini em 2023 e o resultado veio como esperávamos, com crescimento na receita, Ebitda e margem semelhante. Seguimos também bastante disciplinados em termos de custos e despesas”, afirmou a CEO do Grupo Fleury, Jeane Tsutsui, em entrevista ao Broadcast.
O crescimento veio de todas as marcas da companhia, sendo que as marcas de São Paulo cresceram 13% no ano, enquanto as marcas de Minas Gerais registraram altas de 10,4% no ano. Já a Marca Fleury cresceu 4,6% em 2024 e o atendimento móvel seguiu com robusta expansão, atingindo crescimento de 20,4% no ano de 2024 e correspondeu a 7,6% da receita total do grupo.
O resultado financeiro de Fleury representou uma despesa de R$ 103,6 milhões no quarto trimestre, um aumento de 11,8% em relação a despesa de R$ 92,7 milhões registrada no mesmo período de 2023.
Dívida líquida e geração de caixa
Já a dívida líquida da companhia atingiu R$ 2 bilhões ao fim de dezembro, uma alta de 7% frente a dívida visto no fim de setembro. Por outro lado, a alavancagem (dívida líquida/Ebitda ajustado) foi mantida em 1,0 vez ao final do trimestre.
Também em entrevista, o CFO do Fleury, José Antonio Filippo, destacou que, ao longo do ano, foram feitas operações de gestão de dívida que resultaram em redução do custo em 46 pontos base (CDI + 0,95% ante CDI + 1,41%) e alongamento do prazo médio da dívida em 0,7 ano (4,2 anos ante 3,5 anos). Isso também reduziria o impacto da inflação e juros mais elevados atualmente.
“O custo da nossa dívida tem conexão com a inflação, mas está bem gerenciada, o nível de alavancagem é baixo, o impacto dos juros acaba sendo compatível”, disse.
Outro destaque positivo da empresa, na avaliação da diretoria, foi a sua geração de caixa, que totalizou R$ 563,6 milhões no quarto trimestre, um avanço de 33% frente ao mesmo período do ano anterior.
“Tivemos uma forte geração de caixa e fizemos tudo que o planejávamos em termos de integração, capturamos as sinergias esperadas das aquisições feitas no fim do ano. Temos uma estrutura de capital robusta, que nos permite fazer aquisições desde que seja em preço adequado, estamos entregando uma rentabilidade adequada”, disse ainda a CEO.