Investir não é apenas para quem tem grandes valores na conta. Atualmente, é possível começar a investir com menos de R$ 100 em diversos tipos de investimentos. Opções de renda fixa são as mais citadas entre especialistas para o começo do processo.

No entanto, o maior desafio para quem vai começar a investir está na fase anterior, que é a poupança, avalia Carlos Castro, CEO e planejador financeiro da SuperRico.

“Poupar é o ato simplesmente de guardar. Antes de investir, é preciso desenvolver a cultura da poupança, principalmente a poupança de médio e longo prazo. O brasileiro, quando poupa, deixa essa poupança no curto prazo. Em média, o brasileiro deixa o dinheiro guardado apenas por 18 meses”, afirma o CEO.

Como investir R$ 100

Após começar a poupar, Carlos Castro aponta que o primeiro grande objetivo de um investimento deve ser uma reserva financeira que cubra de três a seis vezes os seus gastos mensais.

“Essa reserva precisa estar alocada com liquidez. Então os ativos que carregarão essa reserva predominantemente são ativos de renda fixa”, aponta ele.

O planejador financeiro destaca que para as características necessárias a uma reserva de emergência, investir em títulos do Tesouro é um caminho prático. “Para o curto prazo a recomendação é o Tesouro Selic, que acompanha a taxa Selic, tem liquidez diária e pode ser investido com pequenas quantias”.

Segundo Fernando Camargo Luiz, gestor da Trópico Investimentos, existem boas oportunidades no mercado, com baixo risco e com rentabilidade alinhada ao CDI. Para ele, uma boa opção são os chamados fundos cash ou caixa.

Classificados na categoria renda fixa, esses fundos têm como característica a liquidez praticamente imediata para o resgate (D+1), ou seja, o dinheiro cai na conta em até um dia após a solicitação. Outra característica buscar fundos que não investem em crédito privado corporativo, ou seja, não incorrem em risco de inadimplência de empresas.

“Sua estratégia consiste na compra de títulos de bancos com alto nível de rating e operações estruturadas em bolsa de valores sem risco direcional ou de crédito e, por isso, exibem baixa volatilidade”, aponta o gestor.

Pesando em objetivos de médio e longo prazo, Carlos Castro ainda destaca que, com R$ 100, também é possível investir através de fundos de investimento. “Priorizar no primeiro momento o fundo de renda fixa, mas ao longo do tempo, na medida que vai se desenvolvendo o hábito, que vai começando a acumular patrimônio, é possível inclusive destinar 100 reais para fundos de previdência, mirando a renda passiva na aposentadoria”, ressalta.

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