O Brasil teve saldo positivo de 71.576 empregos formais criados no mês de março, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira, 30. O número resulta de 2,23 milhões de admissões e 2,16 milhões de demissões no período.

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O resultado é o pior para um mês de março desde 2020, quando o primeiro mês da pandemia da covid-19 resultou no fechamento de 232.316 postos de trabalho no país. O ministro do Trabalho e Emprego, Luzi Marinho, atribuiu no entanto o resultado fraco ao calendário de 2025, com carnaval apenas em março.

Historicamente, o mês de fevereiro costuma ser fraco na criação de empregos devido a menor quantidade de dias úteis. Em 2025, no entanto, fevereiro não teve carnaval e apresentou o melhor resultado da série histórica iniciada em 2020, quando foi modificado o modelo de contabilização.

Veja o resultado dos meses de março desde 2002:

No acumulado de 12 meses, o país conta com 1.613.752 de empregos criados. Em 2025, o saldo positivo é de 654.503 postos. Segundo o MTE, os números mostram uma recuperação contínua no mercado de trabalho, com crescimento em diferentes setores e regiões do país.

O Brasil chega assim ao maior estoque da história, com 47,857 milhões de trabalhadores formalizados.

Setor de serviços segue em destaque na criação de empregos

Novamente, a criação de empregos no país foi liderada pelo setor de serviços, com 362.866 postos criados e um saldo positivo de 52.459. Em seguida, aparecem a Indústria, criando 153.868 vagas, e a construção civil, com 21.946 postos. Ao analisar o saldo, a construção (21.946) aparece a frente da indústria (13.331).

Ao analisar as regiões do país, São Paulo se destacou com a criação de 209.656 postos de trabalho (+1,46%), seguido por Minas Gerais, com 75.896 novas vagas (+1,55%), e Rio Grande do Sul, com 66.490 (+2,35%).