21/08/2025 - 8:44
Técnicos do Banco Central e do Ministério da Fazenda temem que sanções financeiras adicionais possam ser impostas ao Brasil pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, diante da escalada das tensões com o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Essas medidas mais duras do governo americano têm potencial de encarecer o dólar, afetar o nível de atividade econômica, pressionar a inflação e, no fim das contas, levar o Brasil a uma recessão, afirmaram ao PlatôBR auxiliares do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do BC, Gabriel Galípolo.
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Entre os cenários mapeados pelos técnicos da equipe econômica, um deles considera que Trump pode restringir os negócios de empresas americanas com o Brasil ou até impor sanções mais severas, como as que foram determinadas para Cuba, Venezuela e Rússia.
Vale lembrar que as empresas dos Estados Unidos são as principais fontes de investimento direto no país. Uma restrição ou proibição total implicaria na saída de dólares do país, com aumento significativo do preço da moeda, e afetaria negativamente o balanço de pagamentos, elevando o déficit em transações correntes.
Dados do BC mostram que o investimento direto no Brasil somou US$ 1,3 trilhão no fim de 2023. Desse total, US$ 280,4 bilhões têm origem nos Estados Unidos.
Os juros altos levaram diversas empresas, investidores e instituições financeiras a buscarem crédito e fontes de financiamento no exterior. Com sanções mais duras dos Estados Unidos, essas linhas tendem a secar, reduzindo a oferta de empréstimos ou até obrigando empresas brasileiras a liquidarem contratos vigentes.
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