O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) registrou lucro líquido de R$ 6,7 bilhões no segundo trimestre, somando R$ 12,3 bilhões no semestre, colocando a instituição como o segundo maior lucro entre instituições financeiras.

O topo do ranking é ocupado por Itaú, que lucrou R$ 11,28 bilhões, sendo maior lucro trimestral da história dos bancos listados na B3, alta de 14% sobre 2024 e equivalente a mais de 40% de todo o lucro consolidado do setor, destaca Einar Rivero, da Elos Ayta.

“O levantamento da Elos Ayta, que adota o padrão contábil BR GAAP e considera valores nominais [sem ajuste pela inflação], deixa claro que a fotografia do trimestre é um mosaico de contrastes: bancos privados seguem entregando crescimento consistente, enquanto o Banco do Brasil enfrenta uma reversão brusca”, diz Rivero.

O Banco do Brasil viu seu lucro desabar para R$ 3 bilhões no trimestre, queda de 66,1% em relação ao mesmo período de 2024 e de 55,18% frente ao trimestre imediatamente anterior. Einar lembra que no segundo trimestre de 2024 o BB teve o maior lucro de sua história, de R$ 8,97 bilhões, e o oitavo maior entre todos os bancos listados na B3. “Era, naquele momento, o segundo maior lucro individual do setor, atrás apenas do Itaú Unibanco. Um ano depois, o banco caiu para a última posição entre os cinco maiores, perdendo destaque no pódio dos gigantes. Trata-se do pior resultado desde o primeiro trimestre de 2018, quando lucrou R$ 2,74 bilhões”.

Veja ranking dos maiores lucros entre bancos no 2º trimestre de 2025

  1. Itaú – R$ 11,28 bilhões
  2. BNDES – R$ 6,7 bilhões
  3. Bradesco – R$  6,07
  4. BTG Pactual – R$ 4,01 bilhões
  5. Santander Brasil – R$ 3,59
  6. Banco do Brasil – R$ 3 bilhões

Se em 2024 os cinco maiores bancos brasileiros de capital aberto tiveram alto desempenho e recordes históricos, no segundo trimestre de 2025 o cenário se arrefeceu. O lucro consolidado do setor, conforme levantamento Elos Ayta, somou R$ 27,98 bilhões, queda de 5,61% em relação ao mesmo período de 2024 e retração de 8,12% na comparação com o primeiro trimestre deste ano.

“O recuo interrompe a sequência de crescimento que havia começado no quarto trimestre de 2023 e culminado no recorde histórico de R$ 31,13 bilhões no fim de 2024. Desde então, o gráfico de lucros virou para baixo, são dois trimestres consecutivos de queda, movimento que já havia ocorrido em outras janelas recentes (2S21, 2S22 e 2S23), mas que agora se destaca por partir de um pico histórico e ser amplificado pela forte retração do Banco do Brasil”.