22/08/2025 - 14:34
Em um cenário de Ibovespa próximo das máximas históricas, seis ações mais do que dobraram de valor no acumulado do ano de 2025. Segundo levantamento da Elos Ayta Consultoria, parte dessas altas veio após um ano de 2024 de baixas.
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Entre elas, Cogna (COGN3) e Helbor (HBOR3), que chamam atenção por terem perdido muito em 2024, com quedas de 68,77% e 59,56%. A virada de 2025 foi forte: 156,3% para a Cogna e 115,66% para a Helbor.
Mesmo assim, se o recorte começa em 31 de dezembro de 2023, ambas ainda acumulam resultado negativo: -19,95% e -12,79%, respectivamente.
Já no caso da Aura Minerals (AURA33), o avanço de 126,95% em 2024 foi seguido por nova escalada de 106,82% em 2025.
Desde o fim de 2023, a soma é de 369,39%. Situação semelhante aparece na Cea Modas (CEAB3): depois de 2,81% em 2024, o ganho chegou a 104,34% em 2025, totalizando 110,08% no acumulado.
Completam a lista Moura Dubeux (MDNE3) e Serena (SRNA3), que em 2025 subiram 125,41% e 119,45%. As duas também exibem números positivos quando se considera o biênio 2024-2025.
O levantamento considera companhias com volume médio diário acima de R$ 1 milhão.
Outro lado do Ibovespa
Na ponta negativa, sete empresas tiveram perdas acima de 50% só em 2025. O maior tombo foi o da Azul (AZUL4). Depois de cair 77,89% em 2024, a companhia recuou mais 83,90% neste ano, o que representa queda de -96,44% desde dezembro de 2023.
A Gol (GOLL54), também do setor aéreo, registrou -85,51% em 2024 e -71,60% em 2025. A soma desde o fim de 2023 chega a -95,88%, reforçando a crise do segmento.
Além das aéreas, outras companhias apareceram entre as maiores baixas: Recrusul (RCSL3), Viveo (VVEO3), Oi (OIBR3), Infracomm (IFCM3) e Raízen (RAIZ4). Todas já vinham caindo mais de 30% em 2024 e seguiram no mesmo rumo em 2025. Cinco delas acumulam perdas que superam 90% no período de dois anos.
A avaliação da consultoria é de que se trata de um mercado com ‘contrastes’ – enquanto setores como minerais metálicos, incorporação e consumo conseguiram se destacar positivamente em 2025, o transporte aéreo e algumas companhias ligadas a telecomunicações, energia e agronegócio enfrentaram dificuldades severas.