11/09/2025 - 15:47
Após um incêndio que consumiu o palco principal do Tomorrowland na Bélgica, em julho, a gestão do festival decidiu adiar a edição que ocorreria no Brasil no ano que vem, em outubro, para abril ou maio de 2027.
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A decisão ocorre porque o palco principal do Tomorrowland que seria usado no Brasil é o mesmo da Bélgica e, com o incêndio, a gestão não conseguiria ter tempo hábil para redesenhar o palco, encaixotá-lo e enviar para o Brasil via transporte marítimo.
Desta forma, não há cancelamento, mas sim adiamento da edição do Tomorrowland Brasil 2026.
O tema da edição em questão era “Orbyz”, com detalhes glacieis e referências à cultura nórdica. Tradicionalmente a edição brasileira recebe, em outubro, o palco e o tema da edição ocorrida no ano anterior na Bélgica, em julho, no verão europeu.
“O palco estava originalmente planejado para viajar ao Brasil, mas isso já não é possível. Esse contratempo inesperado nos obrigou a repensar e mudar a rota – literal e figurativamente – para repensar nossa estrutura de palco e planejamento global”, disse a organização do festival, em nota.
A edição do Tomorrowland Brasil deste ano de 2025 segue inalterada. Com público previsto de cerca de 180 mil pessoas, o festival ocorre entre os dias 10 e 12 de outubro, no Parque Maeda, em Itu (SP).
Neste ano o festival terá o tema “LIFE” – expansão do conceito “Elixir of Life” que foi apresentado em 2016.
As vendas foram abertas há semanas atrás e seguem ocorrendo. Ingressos para um dia de festival (Day Pass) custam R$ 580 (meia) ou R$ 1.160 (inteira). O passaporte para os três dias (Full Madness) custa R$ 1.450 (meia) ou R$ 2.900 (inteira).
Brasil também é casa do Tomorrowland – e isso é raro
O Brasil é um dos únicos países do mundo que recebe uma edição do festival, que é notoriamente um dos maiores eventos de música eletrônica.
Além da edição no Brasil e na Bélgica, berço do festival, há também a edição de inverno, o Tomorrowland Winter, nos alpes franceses – todavia, é uma edição com uma proposta diferente.
Recentemente a Tailândia também entrou para a seleta lista de países que recebem o festival. Bangkok será palco do evento a partir de 2026, conforme divulgado pelo CEO do festival, Bruno Vanwelsenaers, e pela primeira-ministra Paetongtarn Shinawatra, em junho deste ano.
O contrato prevê edições por dez anos consecutivos.
Se demanda subir, festival pode ter dois fins de semana
Na edição original do festival, na Bélgica, são dois fins de semana, ao passo que nas edições brasileiras há apenas um.
Apesar disso, a gestão mira um crescimento no longo prazo e, a depender da demanda, uma eventual expansão para fazer um evento que dure ainda mais do que três dias.
Conforme relatado à IstoÉ Dinheiro por Mario Sergio Albuquerque, responsável pela edição brasileira do festival, essa ampliação ‘está correlacionado com a demanda’, e que no momento não há planos disso no curtíssimo prazo.
Ou seja, no caso de o número de pagantes de ingresso aumentar, o festival deve ter uma edição ainda mais robusta do que as dos anos passados.
A edição de 2025 terá dois novos palcos. Assim, o Youphoria e o Tullip não farão parte da edição de 2025, dando lugar ao Crystal Garden e ao Morpho.
“Depois de quatro anos essa é a primeira vez que temos uma mudança considerável nos palcos, inclusive no posicionamento de um deles. Pautamos essas mudanças no fluxo de pessoas dentro do festival”, conta.
Sobre eventuais troca de local, Mario Sergio frisa que o local atual, o Parque Maeda, em Itu (SP), atende bem a edição brasileira e não há discussão sobre eventuais trocas.
“É uma parceria saudável entre nós e os proprietários. Na Bélgica o local é fruto de uma parceria público-privada e no lado de cá é uma relação puramente privada. O Maeda tem donos e a relação conosco é muito boa, é uma relação de longo prazo, temos contrato de 10 anos renováveis por mais 10 anos, isso para nós é muito importante para termos eles como parceiros”, relata.
Atualmente o contrato prevê, inclusive, que só ocorram outros eventos no Parque Maeda com a anuência do Tomorrowland Brasil.
“O venue é o diferencial. O Maeda é a cara do Tomorrowland. Dificilmente teremos outros eventos por conta disso”, afirma Mario Sergio.