25/09/2025 - 12:57
O preço médio dos alimentos caiu pelo quarto mês consecutivo (-0,35%) na prévia da inflação de setembro, mas alguns itens importantes do grupo seguem pressionando o indicador. É o caso do limão, que registrou alta de 37%, conforme dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgados nesta quinta-feira, 25, pelo IBGE.
O item liderou as maiores altas na prévia da inflação de setembro, com uma valorização quase duas vezes maior que o segundo colocado. Junto com o limão, formam o top 5 o melão (+19,8%), maracujá (+14,2%), pimentão (+14%) e a energia elétrica residencial (+12,2%).
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Apesar dos alimentos terem figurado entre as maiores altas do IPCA-15 de setembro, eles também foram os responsáveis pelas principais quedas. A maior contribuição para o controle dos preços dos alimentos foi do pepino, que recuou 19,1%. Além dele, morando (-19%), tomate (-17,5%), cebola (-8,7%) e laranja (-8,5%) foram os itens com maiores quedas.
Principais impactos
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, cinco tiveram alta no mês de setembro. A maior variação e o maior impacto positivo vieram de habitação (+3,31%). As demais variações ficaram entre o recuo de 0,25% nos preços dos transportes e o aumento de 0,97% em vestuário.
“Ainda que a queda nos preços das commodities e o enfraquecimento do dólar estejam aliviando a pressão sobre os alimentos e os bens industriais, fatores domésticos, como o mercado de trabalho bastante aquecido e a nossa projeção de um câmbio mais depreciado, devem continuar pesando sobre a inflação. Nossa expectativa é de que o IPCA termine 2025 em 5% e chegue a 5,2% ao fim de 2026”, disse Claudia Moreno, economista do C6 Bank.