O ouro fechou em alta modesta nesta quinta-feira, 25, depois de oscilar perto da estabilidade, limitado pelo avanço do dólar diante da redução na expectativa de novos cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed).

Na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York (Nymex), o ouro com vencimento em dezembro encerrou com ganho marginal de 0,08%, a US$ 3.771,10 por onça-troy.

A perspectiva de resiliência da economia dos Estados Unidos – reforçada hoje por dados de atividade, inflação e emprego – junto a postura cautelosa de dirigentes do Fed impulsionou o dólar e os juros dos Treasuries nesta sessão, em detrimento do ouro – que compete com os ativos americanos pela demanda por ativos seguros.

Os diretores Austan Goolsbee (Chicago) e Jeffrey Schmid (Kansas City) demonstraram cautela sobre continuar cortes de juros no curto prazo devido a preocupações com a inflação, seguindo o presidente do BC americano, Jerome Powell. A vice-presidente de Supervisão do Fed, Michelle Bowman, defendeu voltar o foco para o mercado de trabalho, sugerindo necessidade de maior flexibilização – linha semelhante à defendida por Stephen Miran, indicado de Trump.

A expectativa é que o metal precioso permaneça com valores altos, sem que as quedas machuquem muito os ganhos conquistados no último rali, explica uma análise da MUFG. “O ouro permanece próximo de alta recorde, sustentado pelo corte de juros do Fed da semana passada, forte demanda pelos bancos centrais mundiais e compras recordes em fundos ETFs lastreados em ouro”, aponta.

* Com informações da Dow Jones Newswires