26/09/2025 - 8:39
O governo já deveria voltar a mexer nas três primeiras faixas do programa Minha Casa Minha Vida, segundo o CEO da MRV&Co, Eduardo Fischer. Para Fischer, os bons resultados que o segmento econômico registra hoje são fruto das mudanças implantadas no relançamento do programa, em 2023. Mas com o cenário macroeconômico turbulento dos últimos anos, algumas delas já começam a ficar defasadas — especialmente em relação ao teto dos imóveis e à renda das famílias.
“O mercado está forte, mas temos a inflação rodando e essas coisas, com o tempo, precisam de algum ajuste. Já é a hora”, Fischer disse ao Metro Quadrado. A última correção no teto para o valor dos imóveis enquadrados nas três primeiras faixas do programa foi há pouco mais de dois anos. Na época, o governo estabeleceu um limite máximo de até R$ 264 mil para os empreendimentos financiados nas faixas 1 e 2 e de R$ 350 mil para a Faixa 3.
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Faixa 4 do Minha Casa Minha Vida
Já o teto de renda mensal das famílias foi reajustado no início deste ano com o lançamento da Faixa 4, que contempla compradores com renda de até R$ 12 mil mensais e imóveis de até R$ 500 mil. Apesar da adesão mais lenta que a esperada pelo governo, Fischer afirma que a Faixa 4 está ganhando tração. “Ela começou um pouco mais tímida porque ninguém sabia direito como operar. Mas vem crescendo e o mais importante é garantir que ela vá continuar,” disse o executivo.
Os recursos para o funding do MCMV vêm tradicionalmente do FGTS, mas a criação da Faixa 4 só foi possível graças à utilização de R$ 15 bilhões do Fundo Social do Pré-sal. Uma nova injeção de mesmo montante está prevista para 2026 e o governo estuda se continuará utilizando essa fonte de recursos nos próximos anos. “Precisamos ter uma recorrência disso porque a nossa indústria é de longo prazo e os desenvolvimentos demoram,” disse Fischer, que participou ontem do lançamento da sexta smart city da MRV, um projeto com VGV de R$ 1,4 bilhão que deve ser concluído em 2034.
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