Bombardeios deixaram cinco mortos e atingiram região próxima à fronteira polonesa. Varsóvia desloca caças para a área e aciona defesa terrestre.Um intenso ataque russo na madrugada deste domingo (05/10) deixou ao menos cinco mortos na Ucrânia, segundo autoridades ucranianas, e levou a Polônia a mobilizar caças para proteger seu espaço aéreo.

Os bombardeios causaram quatro mortes na região de Lviv, que faz fronteira com a Polônia, onde um parque industrial foi incendiado e partes da cidade ficaram sem energia elétrica. O prefeito de Lviv, Andriy Sadovyi, pediu que a população permaneça em casa enquanto as autoridades combatem diversos focos de incêndio.

Em Zaporíjia, no sudeste da Ucrânia, uma pessoa morreu e outras nove ficaram feridas num ataque combinado que deixou mais de 73 mil ucranianos sem eletricidade, segundo o governador da região Ivan Fedorov.

O ataque da madrugada deste domingo também atingiu a infraestrutura civil em diversas regiões do país. O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, disse que as forças russas dispararam mais de 50 mísseis e quase 500 drones.

Polônia desloca jatos

A Forças Armadas da Polônia, membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), anunciaram o envio de aeronaves e o posicionamento de defesas terrestres em alerta para proteger o espaço aéreo do país, particularmente nas regiões próximas da Ucrânia.

Membros da Otan do flanco leste estão em alerta máximo após a Polônia ter abatido drones russos suspeitos em seu espaço aéreo em setembro. Já drones avistados próximos aos aeroportos de Copenhague e Munique causaram casos na aviação europeia.

O aeroporto da capital lituana, Vilnius, foi fechado por várias horas na noite deste sábado após relatos de balões próximos ao local.

A Rússia intensificou os ataques na Ucrânia, principalmente contra a rede elétrica, com o aproximar do inverno. O exército russo lançou também recentemente a maior ofensiva contra as infraestruturas de gás da Ucrânia e, no sábado, os ataques cortaram o fornecimento de energia a cerca de 50 mil casas na região de Chernihiv (norte).

cn (Reuters, AFP, lusa)