Desde que Marcos Amaro, herdeiro de Rolim Amaro, o lendário fundador da TAM, decidiu deixar o mundo empresarial para se dedicar às artes, ele ganhou projeção internacional. Já expôs na Suíça, na França, nos Estados Unidos e Itália, onde recentemente ganhou o prêmio de melhor escultura sustentável na Bienal de Salerno. Mas o maior de todos os projetos no universo artístico acontecerá aqui no Brasil mesmo, mais precisamente no interior de São Paulo. Amaro vai investir na criação de um parque de esculturas em uma cidade a menos de 100 quilômetros da capital paulista. Batizado de Memorial da Escultura Contemporânea Latino-Americana (Mescla), ele terá um acervo de artistas nacionais e latino-americanos. “É o projeto da minha vida. É o legado que vou deixar”, diz ele.

Um Inhotim paulista

O plano é comprar uma área de, no mínimo, 1 milhão de metros quadrados para abrigar grandes esculturas e também um hotel ligado ao roteiro de charme. Inicialmente, serão investidos cerca de R$ 30 milhões tanto na área como na criação do acervo. Na primeira fase do projeto, serão 20 esculturas, todas de propriedade da Fundação Marcos Amaro. “Quero criar um espaço parecido com o de Inhotim, mas voltado para esculturas“, diz Amaro referindo-se ao famoso instituto localizado em Brumadinho, em Minas Gerais. A Fundação já conta com 200 obras de artistas como Di Cavalcanti, Cândido Portinari, Iberê Camargo, entre outros. Agora, está comprando esculturas de artistas como Gilberto Salvador, José Espanhol e do próprio Marcos Amaro. O objetivo é concluir o Mescla dentro de quatro anos.

(Nota publicada na Edição 992 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Hugo Cilo e Paula Bezerra)