07/01/2015 - 0:00
Apesar de uma breve queda após o atentado contra o semanário francês Charlie Hebdo, no início da tarde em Paris, os mercados europeus e dos Estados Unidos fecharam em alta no pregão desta quarta-feira 7. O que motivou a alta de preços foram indicadores econômicos europeus ruins. A divulgação de uma deflação de 0,2% na Zona do Euro em 2014, a primeira queda de preços desde 2009, levou os investidores a esperar que o Banco Central Europeu (BCE) divulgue medidas para estimular a economia.
Devido a essa expectativa, mesmo o índice francês CAC-40 subiu 0,72%. O índice alemão DAX fechou em alta de 0,51%, e o britânico FT-100 subiu 0,84%. Nos Estados Unidos, o Dow Jones avançou 0,87% e o S&P 500 subiu mais de 1%.
Além da expectativa com uma atuação expansionista do BCE, cresce o apoio europeu a um afrouxamento do aperto monetário imposto à Grécia, que vem. A redução do temor de saída da Grécia da Zona do Euro, que poderia levar à evasão de outros países com problemas, como Portugal, Espanha, Itália e Irlanda, também serviu para tranqüilizar os mercados.
No Brasil, o bom humor internacional fez com que a bolsa apresentasse a primeira alta significativa do ano. No meio da tarde, o Índice Bovespa avançava 3,5% para 49.700 pontos. A notícia de que a Petrobras tinha chegado a um acordo com seus credores para divulgar o resultado do terceiro trimestre de 2014 até o fim de janeiro de 2015 diminuiu a probabilidade de uma antecipação da cobrança de dívidas.
Ações de bancos, como Bradesco e Itaú, estão subindo mais de 4%. Tradicionais escolhas de investidores internacionais que querem apostar no Brasil sem correr o risco dos mercados de commodities, esses papéis recuperaram parte de suas perdas.