O crédito específico que impactou a inadimplência de curto prazo do Bradesco será baixado no segundo trimestre deste ano, de acordo com o diretor de relações com o mercado do banco, Carlos Firetti. Ele não revelou o segmento de origem do crédito alegando sigilo bancário. “Não podemos comentar por segmento, mas estamos provisionados para esse caso”, destacou ele, em teleconferência com a imprensa, na manhã desta quinta-feira, 2. Em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, o Bradesco destaca que se trata de um cliente do segmento de Grandes Empresas que está integralmente provisionado, no montante de R$ 1,075 bilhão. O indicador de curto prazo, que considera operações vencidas de 15 a 90 dias, do Bradesco passou de 4,61% ao final de setembro para 4,65% ao término de dezembro. Em um ano, estava em 4,1%. Também pesou o desempenho da pessoa jurídica, cuja inadimplência foi a 3,77% no quarto trimestre contra 3,24% no terceiro e 3,0% em um ano. Carteiras de crédito O Bradesco vai avaliar caso a caso futuras vendas de carteiras de crédito, de acordo com Firetti. O banco vendeu no último trimestre uma carteira de créditos já baixados para prejuízo, no montante de R$ 2,0 bilhões. “Não vendemos carteiras antes de serem baixadas a prejuízo”, acrescentou Firreti, em teleconferência com a imprensa, lembrando que não impactou a inadimplência no período nem o resultado da instituição de forma relevante. O vice-presidente do Bradesco, Alexandre Gluher, acrescentou que a carteira cedida corresponde a créditos de pessoas físicas já baixadas a prejuízo há alguns anos. “Essa é a segunda carteira que vendemos ao redor dos R$ 2 bilhões. A primeira foi no início de 2015”, lembrou ele. Sobre o crédito específico que afetou a inadimplência de curto prazo, Firetti afirmou que já estaria 100% provisionado e que o fato de migrar para o atraso de 90 dias não impacta “de maneira nenhuma os resultados” do banco. “Esse crédito entrará no ciclo normal de recuperação”, acrescentou Firetti. Em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, o Bradesco destaca que se trata de um cliente do segmento de Grandes Empresas que está integralmente provisionado, no montante de R$ 1,075 bilhão. Provisionamento O Bradesco segue conservador em provisionamento e não vê impacto em seus resultados de eventuais problemas que possam aparecer em créditos por conta do cenário econômico, de acordo com o vice-presidente do banco, Alexandre Gluher. “Não mudamos em nada nosso critérios de provisionamento para créditos que possam ter problema. As empresas vão encontrar novo ritmo de atividade, o que deve ajudar a melhorar índices de adimplência. Mesmo que tenhamos rescaldo de problemas em determinados setores, não vemos impacto na formação de resultado, dado O provisionamento bastante conservador em todos os setores”, afirmou ele, em teleconferência com a imprensa. De acordo com Gluher, o Bradesco não enxerga cenário de piora, mas de melhora daqui para frente. Reprecificação Carlos Firetti acrescentou que o movimento de reprecificação visto em 2016 já teve fim e as taxas caminham, agora, para um processo de normalização. “Não vemos muito mais espaço para aumento das taxas”, disse ele. Gluher acrescentou que a reprecificação feita ao longo de 2016 foi “bem efetiva” e que parte dela ainda não foi capturada no balanço do Bradesco, uma vez que depende do prazo das operações.