03/02/2017 - 8:58
A TIM obteve R$ 3,842 bilhões de receita líquida com serviços no quarto trimestre de 2016, uma leve queda de 0,7% em relação ao mesmo período de 2015. As receitas de serviços de valor agregado (SVA) somaram R$ 1,658 bilhão no quarto trimestre de 2016, crescimento de 13,9% frente ao quarto trimestre de 2015. Com isso, sua participação no total das receitas líquidas do grupo passou de 39% para 46% na comparação entre os mesmos períodos. As receitas inovativas, sublinha de SVA que engloba serviços de conectividade e conteúdo, entre outros, cresceram 17,7%, se mantendo como principal vetor da melhora das receitas da TIM. A companhia espera que essa linha de receita acelere nos próximos trimestres, conforme as ofertas combinadas (voz + dados) aumentarem sua penetração na base de clientes. A receita de assinatura e utilização encerrou o quarto trimestre de 2016 em queda de 7,2%, alcançando R$ 1,301 bilhão. Segundo a companhia explicou em sua apresentação de resultados, a linha foi impactada por uma contínua migração de voz para à utilização de dados. Esse fluxo de receita vai mudar continuamente sua dinâmica, conforme a TIM introduzir mais ofertas combinadas (voz + dados). Os Minutos de Uso (MOU) totalizaram 113 minutos no quarto trimestre e 117 minutos em 2016, representando reduções em comparação com os 119 minutos registrados em 2015. Os serviços de Longa Distância continuam sendo os mais impactados dentre as receitas tradicionais devido à maior exposição à migração do uso de voz para dados. No quarto trimestre, esta linha registrou queda de 23,7%, para R$ 324 milhões. As receitas de interconexão chegaram a R$ 265 milhões, baixa de 24,6%. Já as receitas de serviços fixos foram a R$ 201 milhões, alta de 15,8%. As receitas líquidas de produtos recuaram 18% no quarto trimestre, para R$ 202 milhões, refletindo a redução no volume de aparelhos comercializados. Apesar dos desafios do cenário macroeconômico e da volatilidade cambial, a penetração de smartphones seguiu avançando e alcançou 72,3% da base total em novembro de 2016, contra 67,6% em dezembro de 2015. A esperada recuperação da economia brasileira pode gerar um efeito positivo para o segmento de aparelhos em 2017, segundo avaliação da empresa. A receita média por usuário (ARPU) cresceu 9,1% no quarto trimestre, para R$ 19,2. Custos de operação Os custos de operação da TIM alcançam R$ 2,483 bilhões no quarto trimestre, recuo de 6% ante o mesmo período de 2015. Já no acumulado de 2016, os custos recuaram 11,5% ante 2015, para R$ 10,387 bilhões. Entre os principais cortes feito pela tele no trimestre, estão as despesas com pessoal (-15,2%), despesas gerais e administrativas (-35,6%) e rede e interconexão (-6,9%). As Provisões para Devedores Duvidosos (PDD) subiram 3,2% no quarto trimestre. Em 2016, entretanto, o ambiente macroeconômico desfavorável e o maior foco na aquisição de clientes pós-pago levaram o PDD a crescer 15,7%. A TIM avalia que tem conseguido manter um nível saudável de PDD como porcentual da receita bruta, que atingiu 1,2% em 2016, contra 0,9% em 2015. Fluxo de Caixa Operacional O Fluxo de Caixa Operacional Livre Normalizado da TIM alcançou R$ 852 milhões no quarto trimestre, um aumento de 20,4% frente ao mesmo período de 2015. Em 2016, o fluxo foi de R$ 68 milhões, uma recuperação frente ao fluxo negativo de R$ 742 milhões em 2015. Ambos os resultados são explicados principalmente pelo impacto positivo decorrente do aumento do capital de giro, devido à redução de contas a pagar a fornecedores e em decorrência do redimensionamento do negócio de aparelhos iniciado em 2015.