09/05/2017 - 20:59
Um guarda-civil metropolitano de 49 anos foi morto com quatro tiros, um deles na cabeça, ao chamar a atenção de um grupo de adolescentes que chutavam os portões de uma escola municipal do Jardim Lajeado, zona leste da capital, nesta terça-feira, 9. Um dos jovens acusados de participar do crime, de 15 anos, foi baleado pela parceira do GCM e apreendido. Os demais fugiram.
O adolescente foi detido após ser encontrado por cães farejadores da GCM. Um dos tiros dados pela parceria do agente morto o atingiu na perna, de raspão, mas ele fugiu e deixou rastro de sangue. Os cães seguiram o rastro e ele foi localizado às 16 horas, cerca de três horas após o tiroteio.
Segundo o inspetor da GCM Agapito Marques, funcionários da Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Eliza Maria Torres chamaram a GCM após um grupo de jovens começar a chutar os portões da escola. “Quando os agentes chegaram, os jovens estavam em uma quadra comunitária que fica na frente da escola”, diz o inspetor.
O guarda-civil Marcos Roberto de Oliveira e sua parceira foram até a quadra para chamar a atenção dos jovens, nas palavras do inspetor. “Aí outros dois jovens chegaram por trás e começaram a atirar”, segundo conta. Oliveira, guarda com 16 anos de profissão, foi atingido por quadro disparos. Sua parceira sacou a arma e revidou os tiros, disparando sete vezes, e afugentando a dupla. Então, ela pediu reforço e começou a ajudar o colega, já caído na quadra.
O agente baleado chegou a ser levado para o pronto-socorro do Hospital Santa Marcelina, em Itaquera, mas não resistiu. Com a chegada do reforço e o auxílio dos cães, agentes da GCM fizeram buscar na favela do Jardim Aurora, e acharam o rapaz ferido.
O autor dos disparos, ainda segundo a GCM, é um rapaz de 18 anos que já foi identificado, mas está foragido. Quando menor, o rapaz teria se envolvido também em um homicídio de um sargento da Polícia Militar. O caso foi registrado no 67.º Distrito Policial (Jardim Robru). A Polícia Civil não deu informações sobre o caso.
Na delegacia, um grupo de quatro mulheres que se identificaram como familiares do rapaz negaram que o jovem tenha participação com o crime, mas não forneceram outros detalhes. Uma adolescente, também de 15 anos, foi levada à delegacia com o rapaz preso. Segundo os guardas, após o tiroteio ela tentou furtar a arma de Oliveira, com ele já caído, mas foi impedida pela parceira do GCM. Ela foi identificada depois, ainda de acordo com os guardas.