Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por fraude em licitações, o senador Ivo Cassol (PP-RO) foi indicado nesta quinta-feira, 1, como membro titular do Conselho de Ética do Senado. Além de Cassol, o Bloco Parlamentar Democracia Progressista (composto por PP e PSD) escolheu ainda o senador Lasier Martins (PSD-RS) para o colegiado, que é alvo de inquérito no STF por agressão à mulher. Os senadores Gladson Cameli (PP-AC) e Otto Alencar representarão o bloco como suplentes do Conselho nos próximos dois anos.

Os outros blocos da Casa já haviam feito as indicações, que foram aprovadas pelo plenário da Casa na terça-feira, 30. Por ser o mais idoso entre os integrantes do colegiado, o senador João Alberto Souza (PMDB-MA) marcou a reunião de instalação do colegiado para o próximo dia 6. Na ocasião, os parlamentares também elegerão o presidente e vice-presidente do conselho.

Até agora, 24 dos 30 membros do colegiado foram indicados pelas lideranças partidárias. Basta a metade das indicações para o funcionamento do colegiado, cujo objetivo é analisar denúncias por quebra de decoro parlamentar que podem levar à cassação de mandato.

Com os nomes de Cassol e Lasier, o Conselho possui seis investigados na Justiça. Entre os titulares investigados está o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), e o senador Eduardo Amorim (PSDB-SE). Já entre os suplentes, Eduardo Braga (PMDB-AM) e Jader Barbalho (PMDB-PA) são investigados no STF no âmbito da Operação Lava Jato.