Rio de Janeiro - Viagem inaugural do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) Carioca, no centro da cidade (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Os sistemas têm duas linhas quer permitem a interligação da região portuária ao centro financeiro da cidade e ao Aeroporto Doméstico Santos Dumont Fernando Frazão/Agência Brasil

Primeiro meio de transporte público do país com validação voluntária – sem roletas e cobradores – o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) iniciou hoje (4) operação em novo trajeto com duas paradas: Providência e Harmonia, ambas da Linha 1.

Os sistemas têm duas linhas quer permitem a interligação da região portuária ao centro financeiro da cidade e ao Aeroporto Doméstico Santos Dumont. A Linha 1 tem aproximadamente 14 km de trilhos e liga a rodoviária Novo Rio ao Aeroporto Santos Dumont. A Linha 2 faz a conexão entre a Central do Brasil e a Praça XV. O projeto prevê 28 km e 31 estações. Atualmente as linhas circulam com 25 paradas.

Com o novo trecho, deixa de existir a circulação em via única entre Parada dos Navios e Cidade do Samba. Trens que saem da Rodoviária, ao deixarem a parada Gamboa, farão serviço de passageiros nas paradas Providência, atrás da Cidade do Samba, e Harmonia, próxima à praça de mesmo nome e ao 5º Batalhão da Polícia Militar.

De acordo com a prefeitura, o principal benefício do novo trajeto é a diminuição gradual do intervalo em toda a linha. O novo trecho tem a velocidade reduzida inicialmente, mas a expectativa é diminuição progressiva do tempo de espera entre Rodoviária-Parada dos Navios, que inicialmente cairá de 15 para 13 minutos.

O bonde circula no centro desde 4 de junho de 2016 em fase de testes.

Atualmente, o VLT carioca funciona de 6h à meia-noite e o valor da viagem custa R$ 3,80 e a única forma de validação é o Bilhete Único, no interior do trem. Quem for pego pela fiscalização sem ter pago a passagem deverá desembolsar R$ 170. O valor aumenta para R$ 255 em caso de reincidência (multa mais 50%).

A integração tarifária com ônibus municipais permite ao usuário pegar dois ônibus e na sequência o VLT ou vice-versa pagando apenas R$ 3,80, desde que no tempo de uso do bilhete único, duas horas. O usuário de cartões RioCard com saldo e válidos no município pode embarcar e validar o cartão em um dos 28 validadores disponíveis em cada trem. Para quem precisa comprar ou recarregar, todas as paradas têm máquinas de recarga.

A implantação do sistema teve custo de R$ 1,157 bilhão, sendo R$ 532 milhões em recursos federais do Programa de Aceleração do Crescimento da Mobilidade, e R$ 625 milhões por meio de uma parceria público-privada da prefeitura do Rio.