A crise política parece ter entrado na conta das empresas brasileiras e passou a ser encarada com naturalidade. Essa, pelo menos, é a avaliação de Fernando Mantovani, diretor-geral da companhia de recrutamento de executivos Robert Half no Brasil. “Há um ano, quando entrávamos em uma empresa, as pessoas se lamentavam. Agora, estão tirando os projetos da gaveta independentemente da crise”, diz Mantovani. A empresa atua na busca de profissionais com salários entre R$ 5 mil e R$ 60 mil e enxerga nos setores de agronegócio e automobilístico os mais aquecidos.

Quer pagar quanto?

Atualmente, os profissionais mais procurados são aqueles que contam com mais experiência do que formação. “Uma boa locomotiva anda em qualquer trilho”, diz Mantovani. Mas para trabalhar no setor de agronegócio, sobretudo no interior do Brasil, as empresas têm oferecido um prêmio maior para os candidatos às vagas. O executivo afirma que algumas companhias do setor chegam a pagar 40% a mais do que o praticado no mercado e ainda livre de impostos.

(Nota publicada na Edição 1023 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Gabriel Baldocchi, Hugo Cilo, Márcio Kroehn e Vera Ondei)