As novas regras para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), anunciadas nesta quinta-feira, 6, pelo governo federal, agradaram o setor bancário. Para o presidente-executivo da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal, as novas regras de financiamento educacional são bem-vindas, por abrirem novas oportunidades de financiamento trazendo também aos estudantes e à sociedade mais informação e transparência sobre o Fies.

“Merece igualmente apoio a preocupação do governo em pautar a reformulação do Fies pelos princípios da responsabilidade fiscal e da previsibilidade para os beneficiados pelo programa”, destaca Portugal em nota à imprensa.

Par a Febraban, o investimento em educação e no capital humano é essencial para o desenvolvimento sustentável do País.

Anup

Para a vice-presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup), Elizabeth Guedes, as novas regras do Fies mostram o esforço do governo para garantir a sustentabilidade financeira do programa e aumentar a inclusão de alunos no ensino superior.

“O governo está ampliando o número de vagas, a inclusão de alunos no ensino superior e as fontes sustentáveis de recursos para o programa. É um esforço admirável”, afirmou.

Elizabeth elogiou a diversificação das fontes de recursos para compor o financiamento dos estudantes, que também terão crédito originado no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em fundos constitucionais de desenvolvimento das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, além do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), de acordo com a modalidade em que o aluno se encaixa.

“Do nosso ponto de vista, vamos apoiar tudo que fizer o Fies mais sustentável e gerar expansão”, complementou.

A vice-presidente também defendeu que haja cautela na afirmação de que a inadimplência está elevada. Na sua avaliação, os bancos públicos deveriam ser mais flexíveis em renegociar as mensalidades atrasadas. “Se o governo flexibilizasse as regras de cobrança, a inadimplência não seria tão grande”, criticou.

Apesar da inadimplência alta, ela defendeu o saldo positivo do programa. “O ganho para o País com a formação de alunos no nível superior e a geração de riqueza é muito superior ao custo do Fies. O problema é que o País tem um arrocho fiscal muito grande neste momento”.