02/08/2017 - 12:54
O deputado Carlos Zarattini (PT-SP) criticou a política econômica do presidente Michel Temer, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e afirmou que o governo terá que aumentar a meta de déficit primário. “Provavelmente governo terá que encaminhar projeto para aumentar déficit.”
Zarattini também criticou em seu discurso a reforma trabalhista, dizendo que ela retirou direitos dos brasileiros. “O poder patronal foi substancialmente aumentado.” O deputado ressaltou ainda que a reforma da Previdência é excludente e impede os brasileiros de se aposentarem.
O parlamentar criticou a austeridade do governo e o aumento do déficit público. Segundo ele, Temer quer desmontar o parque industrial brasileiro e ainda entregar o petróleo do pré-sal para estrangeiros, além de vender usinas da Eletrobras a baixos preços, disse Zarattini em seu discurso. “Estamos prontos para votar pelo afastamento de Michel Temer”, afirmou o deputado paulista.
“A economia já está completamente desestabilizada, está em ruínas”, disse Zarattini, ressaltando que daqui a pouco faltará orçamento, entre outros setores, para o Exército, para a saúde e para a Força de Segurança Nacional.
O parlamentar acusou a bancada ruralista de ter se ‘vendido’ a Temer. “A bancada ruralista foi comprada. Querem aprovar a venda de terra para estrangeiros.” O deputado disse ainda que a gestão do governo de Michel Temer “foi por terra” e que o Planalto liberou recursos para pagar emendas em trocas de votos favoráveis ao governo.
Zarattini afirmou que a oposição não vai colaborar para que o presidente Michel Temer tenha o número mínimo de parlamentares para votar a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República hoje na Câmara. “A opinião pública se posiciona pelo afastamento de Temer e eleições diretas.”
Logo após Zarattini, o deputado Fausto Pinato (PP-SP) também mencionou o nome de Meirelles em seu discurso, mas para defender o ministro. “Quando Meirelles joga no time deles (o PT), presta, quando não, não presta”, afirmou.
O parlamentar disse que a hora é de responsabilidade e falta apenas um ano e meio para terminar o mandato de Temer. “Nunca tivemos tanto diálogo com o governo como agora. Fica Temer.”