21/08/2017 - 19:49
A Associação dos Empregados da Eletrobras (Aeel) foi pega de surpresa pelo anúncio de que o governo federal pretende privatizar a estatal do setor elétrico, mas começará nesta terça-feira, 22, “a luta contra a venda do patrimônio”, afirmou nesta segunda-feira, 21, Emanuel Mendes, diretor da entidade de funcionários. A Eletrobras informou após o fechamento do mercado que foi comunicada pelo ministro Fernando Coelho Filho sobre a intenção do Ministério de Minas e Energia (MME) de propor a desestatização da estatal do setor elétrico.
“Eles (o governo) querem entregar tudo, mas vai ter resistência”, disse Mendes.
Segundo o diretor da Aeel, a entidade participava recentemente do debate em torno da intenção da Eletrobras de vender suas participações em diversos ativos, incluindo as cerca de 40 usinas de geração de energia nas quais a estatal possui participação. A posição da Aeel era contrária à venda de usinas. “Éramos contra a venda das usinas porque entendemos que isso seria ruim para a sociedade, pois aumentaria o preço da energia”, afirmou Mendes.
Para o diretor da associação, tanto no caso da venda das participações em usinas quanto no caso de privatização completa da estatal, o momento é ruim para vender. “O povo investiu dinheiro naquilo e agora o governo está leiloando a preço de banana”, disse Mendes.
O líder sindical lembrou ainda que a decisão vem num momento em que a diretoria empossada no governo do presidente Michel Temer vinha trabalhando numa reestruturação da estatal. A Eletrobras fez um programa de demissão voluntária e cortou custos, lembrou Mendes.