28/08/2017 - 10:58
A Virada Sustentável, evento ocorrido neste domingo, 27, em São Paulo, se tornou opção para unir a família. O ex-funcionário público Jacob Silva Júnior, de 66 anos, e a mulher, a dona de casa Marta Macedo, de 61, saíram de Florianópolis para visitar os netos em São Paulo e para participar da Virada. Eles se mudaram da capital paulista para o sul do País no início da década de 1990 para escapar da poluição, da violência e da baixa qualidade de vida.
“Nós nos mudamos para Florianópolis para fugir dessa vida louca de São Paulo, que tem muito barulho, trânsito e pobreza. Desta vez viemos também ao festival, porque se fala bastante da importância de cuidar do meio ambiente, jogar o lixo no local certo, mas nunca mostram como se faz. Então viemos aprender”, diz Silva.
Enquanto isso, o publicitário Lauro Antonio Augusto e a tradutora Marina Jarouche adotaram a Virada Sustentável com a filha Cecília, de 2 anos. Viram a Banda Mirim, uma das atrações musicais deste domingo, 27, e foram à Oficina Cantada, um espaço de contação de histórias organizado debaixo de uma árvore no Ibirapuera. Na atividade, também confeccionaram juntos uma boneca feita de lã e outros materiais recicláveis.
Casados há quatro anos, Lauro e Marina afirmaram preocupar-se em ocupar os espaços da cidade. Para eles, isso pode moldar uma criança e torná-la mais consciente do meio ambiente e do seu entorno. “Às vezes gostaríamos de ensinar (repreender) pessoas que jogam lixo na rua, mas não sabemos qual será a reação delas. São Paulo é violenta nesse aspecto”, observou o publicitário. A família sempre procura passear em lugares abertos para mostrar à filha que a cidade sempre tem o que oferecer de boa qualidade de vida. “Não frequentamos shoppings, gostamos do ar livre. São ambientes que proporcionam para nós e para a Cecília uma vida mais sustentável.”
Na roça urbana
No Centro Cultural São Paulo (CCSP), um festival de agricultura urbana foi o local de integração escolhido pelo jornalista Vinícius Costa e pela cozinheira Angelina Costa para levar o afilhado Miguel, de 4 anos. Ali, pôde aprender mais sobre a importância de cuidar de plantas e algumas técnicas de compostagem.
“O Miguel ficou muito entretido com todo esse universo do plantio e da cultura orgânica. Ele é intolerante à lactose e sempre tentamos cultivar o que podemos para tornar a alimentação dele e a nossa a mais saudável”, relatou Costa.
Morando juntos em um apartamento pequeno, eles dizem ser difícil praticar agricultura urbana, ainda mais com o clima imprevisível do Município. Mas sempre tentam cultivar ervas mais simples. “Tem a questão do custo-benefício, quando se produz em casa, e a qualidade é muito melhor. E não queremos sustentar empresas e produtos que fazem mal à saúde. Por isso é importante conhecer os orgânicos”, disse Angelina. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.