Depois de abrir o capital da Rossi Residencial, em 2008, os irmãos Edmundo e João Rossi, fundadores da incorporadora, profissionalizaram sua gestão, deixando as atividades administrativas para executivos do mercado. Nessa época, seus herdeiros poderiam refestelar-se numa rede de praia e viver tranquilamente, sem  maiores preocupações com o andamento dos negócios familiares. Não foi o que aconteceu.  Desde então, eles se envolveram em uma série de empreendimentos, todos ligados à área de construção, mas estruturados de forma a não competir com a incorporadora. A última tacada é a 5R Shopping Centers, criada por Edmundo com seus três filhos, para atuar na construção e administração de centros de compras. 

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Nova empresa na praça: (da esq. para a dir.) Paulo Rossi se aliou a Fulcher e Garbin
para fundar a 5R Shopping Centers.

“Vamos entrar nesse setor com um plano audacioso”, diz Paulo Rossi, 40 anos, o caçula de Edmundo e encarregado da nova operação. A 5R mantém em andamento sete projetos de shopping centers. Até 2015, ela planeja investir R$ 1,3 bilhão nessa empreitada. O primeiro a ser erguido será em Rio Grande (RS), com inauguração prevista para o segundo semestre de 2013. Depois, será a vez das cidades de Uberlândia e Uberaba, ambas no Triângulo Mineiro. A localização dos outros quatro projetos será revelada nos próximos meses – dois deles estarão em capitais. O foco são os consumidores da classe C de municípios com mais de 200 mil habitantes. 

Para tocar os projetos, Rossi atraiu como sócios Carlos Felipe Fulcher e Cesar Garbin, dois experientes executivos do setor, que haviam deixado a portuguesa Sonae Sierra. Segundo Rossi, o plano da 5R é estar entre as cinco maiores construtoras de shopping centers,  já em 2015. Hoje, a quinta colocada nesse ranking é justamente a  Sonae Sierra, que tem uma receita líquida superior a R$ 200 milhões e administra dez shoppings com uma área bruta locável (ABL) de mais de 200 mil metros quadrados. No começo de 2014, a 5R deverá acumular 89 mil metros quadrados de ABL. Ao fim de seus projetos, deverá superar os 200 mil metros quadrados, o que a qualificará a brigar pela quinta posição. Isso, é claro, se seus concorrentes ficarem parados. Com a agitação do setor, nada indica que isso acontecerá.

 

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