07/11/2017 - 18:47
Uma semana depois de interpelar no Supremo Tribunal Federal (STF) o ministro da Justiça, Torquato Jardim, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, disse hoje (7) que as críticas à cúpula da segurança no estado não vão atrapalhar a parceria com a União. “Tanto não atrapalhou que estamos tendo uma operação em conjunto hoje. Quando o ministro fez a colocação dele, fez questão de ressaltar que era uma questão pessoal e não de governo. Está ai a operação de hoje e vamos fazer diversas”.
Após participar de reunião de governadores com o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Sergio Etchegoyen, Pezão disse que o principal problema da segurança pública do Rio de Janeiro foi a entrada indiscriminada de armas e drogas no estado ocasionada, segundo ele, pelo abandono do governo federal ao Rio.
“Ficamos muitos anos abandonados, entrou tudo dentro do Rio de Janeiro”, disse Pezão à Agência Brasil. De acordo com o governador fluminense, após o envio das tropas federais este ano houve crescimento da apreensão de fuzis e a redução do número de roubo de cargas. Segundo Pezão, o roubo de cargas teve queda de 26% em setembro na comparação com o mês anterior.
“Estamos chegando em outubro com 400 fuzis apreendidos. Isso é uma arma de guerra. A gente precisa muito dessa parceria com o governo federal e cada vez mais vai melhorar”.
Para Pezão, o reforço da Polícia Rodoviária Federal (PRF) tem sido fundamental nas ações de segurança no estado. “O Rio de Janeiro está cercado de rodovias federais, a Rio-Santos, a Dutra [Presidente Dutra], Rio-Petrópolis, Rio-Teresópolis, Ponte Rio-Niterói, Baia de Guanabara, tudo é patrulhamento que era da competência do governo federal. Nunca quero transferir responsabilidade, mas quando a gente tem essa parceria os dados estão aparecendo”.