28/11/2017 - 12:43
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), recebeu nesta manhã (28) o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Fernando Segóvia, e líderes de diversos partidos para discutir a reforma da Previdência.
Segóvia disse que levou a Maia os anseios da categoria. “Lutamos pelo direito à aposentadoria porque sofremos mortes em combate. Viemos defender o direito dos policiais federais no Brasil. Cada categoria tem suas atribuições e seus papeis. Eu estou defendendo o dos policiais no que se refere a aposentadoria e paridade”, disse Segóvia ao deixar a residência oficial de Rodrigo Maia.
“Estamos discutindo a questão da idade mínima”, disse. “Perder direitos nesse momento seria péssimo para o policial que enfrenta a corrupção e diversos problemas no país. Nossa proposta é negociar para chegar a um ponto de equilíbrio tanto para o policial como para o governo lidar com a crise econômica”, acrescentou.
De acordo com as regras atuais, não há idade mínima para a aposentadoria de policiais federais. Para se aposentar, os policiais precisam contribuir por 30 anos, no caso dos homens, e 25 anos no caso das mulheres. O texto que está sendo proposto pelo relator Arthur Maia (PPS-BA) propõe idade mínima de 55 anos e 25 anos de contribuição para homens e mulheres.
Ao deixar a reunião, o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) disse que as conversas estão em torno da idade mínima de 55 anos para as mulheres e não detalhou qual seria a proposta do diretor-geral da PF. “A meu ver é legítimo a categoria colocar suas demandas. Não vejo problemas nisso. Nós apenas ouvimos o diretor-geral, que veio apresentar as demandas da categoria”, disse o líder do governo.
Para o relator na comissão especial que analisa a reforma na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), os pedidos de alterações ao texto devem levar em consideração as consequências para as contas públicas. “Estamos ouvindo reivindicações de ajustes de texto. Como relator, digo que só valem modificações que contribuam com a matéria”, disse.
Na avaliação do vice-líder do DEM na Câmara, deputado Pauderney Avelino (AM), a PEC, na forma como está, já contempla reivindicações feitas pelos policiais federais. “É difícil mexer nisso. Se abrirmos esse flanco vamos abrir guerra com outras categorias. A PF já está atendida com essa proposta de 25 anos de contribuição e 55 anos de idade mínima”.